O PP, partido comandado pelo ex-ministro do governo Bolsonaro, Ciro Nogueira, iniciou segundo a coluna Estadão, uma estratégia para tentar tirar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do Republicanos e tê-lo em suas fileiras até 2026. Para executar o plano, o partido busca atrair figuras do entorno do mandatário. O primeiro alvo é o secretário da Casa Civil do Estado, Arthur Lima, homem de confiança e amigo de Tarcísio.
Lima negocia sua filiação ao PP desde março e já sinalizou que quer ingressar na legenda, mas ainda aguarda o aval do chefe. A entrada de Lima é vista como uma forma de angariar prefeitos paulistas para 2024.
O PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, também está decidido a lançar o maior número possível de candidaturas no estado no ano que vem e é outro que sonha em ter Tarcísio em seus quadros.
As cúpulas de PP e PL descartam uma troca de partido por parte de Tarcísio em um futuro próximo. Mas deixam clara que vão ficar em cima.
Valdemar Costa Neto, presidente do PL, acredita que vencerá a disputa por ter Jair Bolsonaro em seu partido, que na sua avaliação, ofereceria vantagens eleitorais ao governador.
Tarcísio: não devo deixar o Republicanos
Cortejado por partidos da direita, especialmente o PP e o PL, o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos) não dá sinais de querer mudar de legenda. No entanto, numa mostra de que já está mais entrosado com o mundo das conversas políticas, ele fala do tema sem fechar portas: “Não devo mudar de partido”, respondeu à Coluna do Estadão.
Tarcísio também acompanha as tentativas de aproximação do governo Lula com o Republicanos e é categórico: “O Republicanos não vai aderir ao governo”, aposta.
O partido presidido pelo deputado federal Marcos Pereira (SP) foi o primeiro da base bolsonarista a reconhecer a vitória do petista. Mas faz questão de ressaltar que é independente.
Conforme revelou o Estadão, o Governo Lula age para fatiar o comando da Codevasf em Pernambuco, para acomodar um nome escolhido pelo prefeito de Recife, João Campos (PSB), em acordo com o deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) e criar pontes com Pereira. Além disso, busca solução para na escolha de comando da autarquia na Paraíba, para tentar agradar outro integrante do Republicanos, o líder do partido na Câmara, deputado Hugo Motta.