Portugal, que enfrenta uma terceira onda de calor desde o início de julho, continua no combate de vários incêndios nesta segunda-feira (22), enquanto o país está em estado de alerta até terça pelo risco de incêndios.
Nesta segunda de manhã, quase 1.800 bombeiros estavam mobilizados para combater as chamas em todo o território, segundo dados da Defesa Civil.
O foco mais importante está na região de Vila Real, no extremo norte, e avançava para o interior de uma área montanhosa e de difícil acesso.
O estado de alerta, decretado pelo governo no domingo, limita o acesso às florestas e proíbe o uso de máquinas e de fogos de artifício. Também reforça o nível de mobilização dos efetivos de emergência.
Para estas segunda e terça-feira, o Instituto Meteorológico Português (IPMA) prevê temperaturas próximas aos 40 ºC no interior do país.
Portugal, que enfrenta este ano um nível de seca excepcional, teve o mês de julho mais quente em quase um século.
Desde o início do ano, quase 94.000 hectares foram devorados pelas chamas, a maior superfície desde os incêndios letais de 2017 que causaram quase 100 vítimas, segundo o último balanço do Instituto para a Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
O fogo no parque natural da Serra da Estrela, região montanhosa no centro de Portugal classificada pela Unesco, consumiu mais de 25.000 hectares de vegetação nessas últimas semanas antes de ser controlado na quarta-feira.
Segundo os cientistas, a mudança climática aumenta a probabilidade de ondas de calor e secas, o que aumenta ainda mais o risco de incêndios.