O TechHub do Complexo Industrial Portuário de Suape, que se dedica a projetos de hidrogênio verde, receberá R$ 21 milhões do Senai e da Federação Alemã de Associações de Pesquisa Industrial (AIF) para financiar a produção do combustível, informaram nesta quinta-feira fontes oficiais.
O anúncio da seleção do centro de testagem pernambucano para a primeira fase da chamada bilateral Brasil-Alemanha foi feito durante a maior feira industrial do mundo, a Hannover Messe, realizada na Alemanha entre os dias 17 e 21 de abril.
O diretor-presidente de Suape, Marcio Guiot, destacou, através de um comunicado, que ser escolhido para participar de um projeto “tão importante para a sustentabilidade no planeta é uma grande conquista para o complexo”.
“É um caminho sem volta. O cuidado com o meio ambiente é uma das nossas prioridades e com a consolidação do TechHub, vamos empreender todos os esforços para nos tornar referência internacional na produção do combustível do futuro”, acrescentou ele.
Agora, os projetos selecionados serão submetidos a uma segunda fase, com início previsto para julho, e cujo resultado será divulgado em setembro.
As propostas vencedoras terão que ser desenvolvidas em um prazo de 12 a 36 meses, a partir de 2024, e serão coordenadas pelo Instituto Senai de Inovação em Tecnologia da Informação e Comunicação (TICs).
Nesse sentido, o diretor de Sustentabilidade do porto público mais estratégico do Nordeste, Carlos Cavalcante, disse em nota que o objetivo é construir algo “inovador, pioneiro e sustentável” para o planeta.
“A ideia é transformar o Complexo de Suape em um laboratório vivo de pesquisa, desenvolvimento e inovação, com foco no combustível sustentável, para instalar uma matriz energética limpa, com imensa capacidade de produção, tanto para consumo próprio, quanto para distribuição para o Nordeste, outras partes do país e até o exterior”, ressaltou Cavalcanti.
Além do TechHub de Suape, outros dois polos de desenvolvimento tecnológico foram selecionados no Brasil: o Parque Senai Cimatec, na Bahia, e o Centro Verde de Hidrogênio de Balbina, no Amazonas.
Assim, será possível conectar projetos de transição energética em andamento e acelerar rotas tecnológicas e a conexão com empresas produtoras e consumidoras de hidrogênio verde.