O calado operacional dos navios do Porto de Paranaguá (PR), em cinco berços (201, 202, 204, 209 e 211), vai aumentar graças à mais recente operação de dragagem. A mudança foi homologada pela Capitania dos Portos do Paraná (CPPR) e amplia a capacidade operacional dos terminais paranaenses, informou a Portos do Paraná, empresa pública do Governo do Estado, em comunicado. O calado é a profundidade entre o ponto mais baixo da quilha de uma embarcação e a linha d’água. Com essa nova alteração, essa distância passa de 12,5 metros para 12,8 metros no Corredor de Exportação Oeste, Carga Geral, e nos berços de fertilizantes.
Segundo a Portos do Paraná, a ampliação do calado tem impacto direto na capacidade de embarque, garantindo maior competitividade no mercado internacional. Em média, cada metro de calado operacional significa cerca de 7 mil toneladas a mais de granéis movimentados. O ganho operacional estimado é de 2,1 mil toneladas a mais de carga, por navio. Ou seja, a principio, mais de 378 mil toneladas no ano, para uma média de 180 navios.
O diretor de Engenharia e Manutenção da Portos do Paraná, Victor Kengo, disse na nota que “no ano passado aumentamos o calado de navegação no canal de acesso ao Porto de Paranaguá e de operação nos berços de atracação do Corredor de Exportação Leste. Neste ano, após a última campanha de dragagem, e discussões técnicas no âmbito do Grupo de Trabalho de ganhos operacionais da Portos do Paraná, composto também pela Capitania dos Portos do Paraná e 17ª Zona de Praticagem, estamos aumentando o calado máximo operacional dos berços, o que implicará aumento da movimentação de cargas gerais, fertilizantes, soja, farelo, milho e açúcar”.
O sistema de embarque de granéis pelo Corredor de Exportação Oeste em Paranaguá foi responsável por movimentar mais de 5% de todas as cargas nos portos do Paraná, que chegaram a quase 3 milhões de toneladas, em 2023.
O diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, disse na nota que “desde o início da atual gestão voltamos nossos olhares para o lado Oeste, que era pouco explorado e que hoje identificamos como a nova fronteira e ser explorada. Nosso objetivo é desenvolver cada vez mais essa ponta da faixa portuária para atender a demanda do mercado e gerar emprego e mais renda para a região”.