O ex-presidente Lula decidiu ser o candidato do PT ao Planalto neste ano. Quer voltar de acordo com a revista Veja, ao poder sem pedir desculpas aos milhões de brasileiros indignados com a corrupção institucionalizada no período de domínio petista na Esplanada.
Para cumprir esse objetivo, o petista precisa criar uma realidade paralela que motive a militância a defender o indefensável na rua todos os dias. Nessa missão, Lula se lançou a responder uma pergunta recorrente desses tempos bolsonaristas no Planalto. Por que muitos brasileiros não gostam do PT?
A resposta de Lula para a pergunta: “Nunca o Brasil precisou tanto de um partido como o PT. Um partido que tem compromisso com a democracia, com a cidadania e com a soberania no país, atualmente vilipendiadas pelo atual presidente e seu governo. É por isso que não gostam do PT”.
Em outras palavras, quem discorda da lógica petista de ser, não “tem compromisso com a democracia, com a cidadania e com a soberania no país”. Outro inquilino do Planalto costuma dizer o mesmo aos seus oposicionistas.
A corrupção em escala industrial nos governos de Lula e a crise econômica construída por Dilma Rousseff criaram o antipetismo, que apostou em aventuras como Bolsonaro. Incompetência e corrupção são palavras gravadas na história da gestão petista no Planalto. Entre viver em negação ou admitir que elas existam — e acertar as contas com esse monstro, o passado –, mais fácil o primeiro caminho.