Para contar a história de Fernando Henrique Cardoso, a equipe do documentário ‘O Presidente Improvável’ registrou 20 entrevistas em 11 meses de trabalho, num total de 30 horas de gravações. Só para colher o depoimento do ex-presidente americano Bill Clinton foram três longas reuniões de negociação.
O filme, dirigido pelo cineasta Belisario Franca, naturalmente aborda a fase de FHC como presidente da República, mas a maior parte da narrativa retrata segundo a coluna Radar, na Veja, acontecimentos que vão desde a infância até a entrada do tucano na vida pública. São relembradas épocas como o golpe militar de 64, o exílio, as Diretas Já e a criação do Plano Real.
Questões como a atual polarização política, as privatizações e os riscos pelos quais passa a democracia brasileira são discutidas ao longo do filme.
Embora seja mencionado em pelo menos três ocasiões no documentário, o ex-presidente Lula (PT) não foi convidado a participar das gravações — nem ele e nem outros presidenciáveis. Por se tratar de uma obra política e apartidária, “que tem a democracia e a trajetória de FHC como protagonistas”, diz o diretor, personalidades que vão disputar as eleições deste ano ficaram de fora das entrevistas.
‘O Presidente Improvável’ entra em cartaz nos cinemas de todo o país a partir de 31 de março, com pré-estreias em São Paulo e no Rio de Janeiro nos dias 28 e 30.