O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o arquivamento de inquérito que apurava desde 2013 o envolvimento do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) com supostas fraudes ao Fundo de Previdência dos Servidores Municipais de Nova Iguaçu (Previni). Na época das supostas irregularidades, Lindbergh era prefeito da cidade.
Na decisão da última quarta-feira (9), Toffoli seguiu parecer da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que não viu indícios suficientes contra o senador para continuidade das investigações. Segundo ela, há elementos de fraudes no fundo, mas sem comprovação de envolvimento do parlamentar.
Em 2013, Toffoli chegou a quebrar os sigilos bancário e fiscal do senador, no período de janeiro de 2005 a dezembro de 2010, época em que ele era prefeito. Mas nenhum indício foi encontrado, segundo a Procuradoria.
As suspeitas iniciais eram que a fraude pudesse ter atingido cerca de R$ 350 milhoes. Os fatos chegaram a ser investigados por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal de Nova Iguaçu.
O senador responde ainda a outros dois inquéritos no Supremo, um deles referente a delações da Odebrecht sobre sua gestão em Nova Iguaçu e outro corre em segredo.