Além de fantasias inusitadas e muito glitter, o Carnaval de rua na cidade de São Paulo também é marcado pelas manifestações políticas. Neste último sábado (2) no bloco Minhoqueens, no centro da cidade, foliões se juntaram em coro para protestar contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
O bloco puxou o canto de “Ei, Bolsonaro, vai tomar no …” e o gesto foi repetido pelos mais de 5.000 pessoas presentes na região da Praça Ramos de Azevedo. O Minhoqueens é voltado para o público LGBT.
Minutos depois, o público entoou um “Ele não” – um dos principais slogan da campanha contra a eleição do atual presidente durante a corrida de 2017 – por diversas vezes.
Minutos depois, no Metrô Anhangabaú, alguns foliões que voltavam para casa ainda gritaram “Lula Livre”, em referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde 7 de abril de 2018.
Pelas redes sociais, foliões do Brasil inteiro divulgaram imagens de blocos críticos ao presidente Bolsonaro. Festas de rua em Belo Horizonte e em outros pontos da cidade de São Paulo também tiveram protestos.
O Bloco 77 – Originais do Punk, em São Paulo fez uma versão da música “Coração Corintiano”, de Manoel Ferreira. “Doutor, eu não me engano, o Bolsonaro é Miliciano. Eu não sabia, mais o que dizer, em casa noticiam, a culpa é do PT. Ah doutor eu não me engano, oh Bolsonaro eu não vou passar o pano.”
O bloco, que desfila no bairro de Pinheiros, fez referência ao filho do presidente, Flávio Bolsonaro, acusado de ter ligações com o esquema de candidaturas de laranjas do PSL no Rio de Janeiro e conexão com milícias.
Blocos de Pernambuco e Bahia também fizeram manifestações contra o presidente Bolsonaro desde o pré-carnaval. Vídeos foram amplamente divulgados nas redes sociais.
Blocos organizados por apoiadores do presidente do PSL estão marcados para este domingo (3) em São Paulo.