Com os possíveis nomes da terceira via presidencial colocados na mesa, políticos experientes seguem afirmando que as definições do cenário de 2022 devem ficar para o meio do ano que vem.
De maneira resumida, a percepção é de que o ex-juiz Sergio Moro (Podemos) tem potencial eleitoral, mas lhe falta traquejo; Rodrigo Pacheco (PSD) mostra ponderação, mas é pouco conhecido e não se posiciona; João Doria (PSDB) é obstinado, mas não sensibiliza a população.
“Só haverá chance para terceira via se o Bolsonaro cair para 15%. Se ele se mantiver em 20%, 22% ficará muito difícil”, diz o senador Renan Calheiros (MDB-AL).
Para ele, o ex-juiz não tem chance. “Moro está desmoralizado. O Brasil sabe com quem lidará na eleição. Ele não engana mais ninguém”, afirma. Calheiros é alvo de inquéritos no STF relacionados à Lava Jato, da qual é crítico.
O senador José Aníbal (PSDB-SP) diz que Moro tem densidade eleitoral, mas fez um discurso de estreia sem novidades, uma repetição de Bolsonaro.
“Foi suficiente lá atrás, mas acho que agora não. Agora há uma divisão. Há uma parte do bolsonarismo raiz que se adaptou ao Bolsonaro corrupto, amigo do centrão, muito incompetente na gestão”, afirma.
Correm por fora Luiz Henrique Mandetta (DE M) e Simone Tebet (MDB-MS), mas que os próprios correligionários falam que eles devem apenas compor chapas.