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segunda-feira 11 de julho de 2022 às 18:17h

Políticos reagem a caso de médico preso por estupro no RJ: ‘Crime perverso’

NOTÍCIAS, POLÍTICA


Políticos e pré-candidatos à eleição comentaram o caso do médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, 32, preso por estuprar uma paciente. Ele foi detido em flagrante em um hospital de São João de Meriti (RJ), após a própria equipe entregar as filmagens do estupro à polícia.

Pelas redes sociais, a pré-candidata a deputada federal por São Paulo Marina Silva (Rede) afirmou que o caso é um “crime perverso e de desumanização”. A ex-ministra ressaltou que é preciso criar meios eficazes de proteção às mulheres.

“Ser mulher não pode significar estar em perigo! […] Precisamos nos unir contra tantas violências. Chega!”, escreveu.

O governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL), disse ter ficado “estarrecido” ao saber do caso. Ele garantiu que o governo do estado dará “todo amparo e apoio necessários à vítima”.

“Além da investigação da Secretaria de Estado da Polícia Civil, está sendo aberta uma sindicância interna para tomar medidas administrativas, além de notificação ao Cremerj”, disse.

A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) questionou se “um dia” mulheres estarão “seguras em algum lugar”. Ela pediu investigação e punição, e disse que abusadores serão cobrados.

O pré-candidato à Presidência pelo Avante, André Janones, disse que a imagem é “revoltante” e o caso “repugnante”. Ele chamou o médico de “bandido”.

 

 

Outras reações

Entenda o caso

Giovanni Quintella Bezerra, de 32 anos, foi preso em flagrante na madrugada de hoje pelo crime de estupro de vulnerável. Um vídeo gravado com um celular escondido na sala de cirurgia do Hospital da Mulher, em Vilar dos Teles, em São João de Meriti (RJ), mostra o profissional colocando o pênis na boca da paciente, que está dopada para o nascimento do bebê.

O vídeo foi gravado e entregue à polícia por enfermeiras da unidade, que desconfiaram da quantidade de sedativo usado pelo anestesista em outras ocasiões e da movimentação dele próximo à paciente, segundo a Polícia Civil. O crime de estupro de vulnerável tem pena prevista de 8 a 15 anos de prisão.

O UOL teve acesso às imagens, mas optou por não publicá-las para preservar a vítima.

Por meio de nota, a Fundação Saúde do Estado do Rio de Janeiro e a Secretaria de Estado de Saúde afirmaram que repudiam veementemente a conduta do médico e “estão à disposição da polícia colaborando com a investigação”. A Secretaria informou ainda que “será aberta uma sindicância interna para tomar as medidas administrativas, além de notificação ao Cremerj”.

O Cremerj informou que recebeu as denúncias e abriu um procedimento cautelar para a suspensão imediata do médico dada a gravidade das imagens. “O Cremerj instaurará, após procedimento cautelar, um processo disciplinar de cassação”, afirmou o presidente do conselho, Clovis Munhoz.

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