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segunda-feira 9 de janeiro de 2023 às 10:44h

Polícias são acionadas para preservar refinarias

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Após os atos ocorridos em Brasília nesse domingo (8), quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) destruíram as sedes dos três poderes, o governo federal e os estados se mobilizam para garantir a segurança de refinarias e a manutenção do abastecimento de combustíveis. As instalações são ameaçadas e se tornaram foco de preocupação das autoridades.

— Nesta manhã, forças de segurança dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro estavam na Revap, em São José dos Campos (SP), e na Reduc, em Duque de Caxias (RJ), para garantir a saída de produtos das unidades.

— Outras quatro refinarias são alvo de mobilizações ou ameaças de bloqueios de vias, na esteira dos ataques às sedes dos três poderes em Brasília: Refap (RS), Repar (PR), Regap (MG) e Reman (AM). Essas unidades também já estão sob proteção de forças policiais.

— Na Repar, no Paraná, a tropa de choque da polícia estadual dispersou uma manifestação golpista ainda na noite de domingo (8).

Petrobras diz que a situação é de normalidade. Nesta manhã de segunda (9), a petroleira informou que “as refinarias estão operando normalmente” e “está tomando todas as medidas preventivas de proteção necessárias, conforme procedimento padrão”.

— Em suas redes sociais, o diretor Executivo de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade da Petrobras, Rafael Chaves, disse que “a segurança e a continuidade operacional são inegociáveis” e agradeceu aos órgãos de segurança pública. “Seguimos monitorando e trabalhando com responsabilidade”, disse ele.

Até o momento, a ANP não se manifestou sobre a situação do abastecimento. A agência mantém em vigor uma medida cautelar que relaxa regras, desde o início de novembro, quando a vitória de Lula (PT) desencadeou o fechamento de estradas pelo país. A flexibilização, porém, foi contestada por agentes do mercado.

— A resolução seria revogada em 18 de novembro, mas a ANP manteve a flexibilização de regras, por entender que a proximidade da posse do presidente poderia levar a uma nova série de bloqueios – risco que volta agora, uma semana após Lula assumir o cargo.

Na noite de domingo, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), disse que a pasta está “monitorando movimentos pontuais em instalações e seguimos firmes, em articulação com outras pastas e estados, para desbloqueio imediato de estruturas”.

— “Temos garantido o abastecimento nacional de combustíveis e o funcionamento de refinarias e do sistema de distribuição”, afirmou Silveira, ontem.

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