Polícia francesa encontra corpo de fotógrafo brasileiro desaparecido em Paris

A polícia francesa encontrou o corpo do fotógrafo Flávio de Castro Sousa no rio Sena, em Paris. O brasileiro, de 36 anos, estava desaparecido desde o fim de novembro. Segundo informações repassadas pelo consulado do Brasil na capital francesa aos familiares, o corpo foi retirado do Sena no dia 4 de janeiro. Exames de DNA também confirmaram que se tratava de Flávio. A causa da morte, porém, não foi divulgada.

Na semana passada, a polícia francesa chegou a confirmar à família dele que câmeras de segurança flagraram o momento em que o fotógrafo deixou o celular num vaso de plantas de um restaurante em Paris. Depois, ele se direcionou às margens do rio Sena.

Porém, a polícia informou que o equipamento analisado fez um giro de 360º e quando voltou a focar no local onde Flávio estava, perto do rio, o brasileiro já tinha sumido das imagens. Outras câmeras chegaram a ser verificadas, mas não identificaram nenhum novo percurso feito pelo fotógrafo.

Desde o início, familiares e amigos do brasileiro pressionavam a polícia francesa para análise das imagens para reconstituição do trajeto feito por Flávio, uma vez que Paris é uma das cidades mais vigiadas do mundo. O caso começou a ser investigado apenas após acompanhamento do governo brasileiro e da Polícia Federal. O nome dele, inclusive, chegou a ser incluído na lista de desaparecidos da Interpol.

Flávio de Castro morava em Belo Horizonte e era proprietário de uma agência especializada em fotografias de casamento. Ele viajou a Paris, no início de novembro de 2024, para registrar a celebração de uma amiga. Após concluir o trabalho, o profissional decidiu prorrogar a estadia na França.

Pouco antes de desaparecer, Flávio relatou a um amigo francês que havia caído no rio Sena, durante um passeio pela Ilha dos Cisnes. Ele foi resgatado pelos bombeiros e levado a um hospital com suspeita de hipotermia. Após receber alta, o fotógrafo não foi mais visto. Dias depois, o celular dele foi encontrado em um restaurante.

Antes de sumir, Flávio tinha reagendado o voo para o Brasil e conseguido mais um dia de estadia em um airbnb em Paris. Os itens dele, como malas e um notebook, foram encontrados dentro do apartamento, sem sinais de arrombamento e passaram por perícia na França, para coleta de DNA.