A Operação Voo Livre II, realizada pela Polícia Federal nesta última quinta-feira (5), em Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador, teve como foco o combate ao tráfico ilegal de animais silvestres e exóticos no estado. A ação contou com o apoio do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA) e resultou no cumprimento de um mandado de busca e apreensão em um criadouro clandestino. Foram realizadas a análise da documentação dos animais encontrados e a apreensão de espécimes mantidos de forma irregular.
A operação é uma continuação da Voo Livre, deflagrada em março de 2024, que envolveu nove mandados de busca e apreensão em criadores clandestinos de aves. As investigações identificaram uma rede criminosa que comercializava aves de reprodução difícil em cativeiro, como araras e tucanos, muitas vezes retiradas da natureza ainda filhotes. Os animais eram anilhados, criados e revendidos de maneira ilegal.
O tráfico de animais silvestres é considerado uma das principais ameaças à biodiversidade brasileira. Além de causar desequilíbrios ambientais, o comércio ilegal de fauna pode levar algumas espécies ao risco de extinção. A criação de animais silvestres é permitida apenas quando realizada por criadores registrados no IBAMA, que possuam Cadastro Técnico Federal (CTF) e autorização no Sistema Nacional de Gestão de Fauna (SisFauna).
Os suspeitos identificados na operação poderão responder por crimes de tráfico e maus-tratos de animais, associação criminosa, receptação e falsificação de selo ou sinal. A Polícia Federal continua as investigações para identificar outros envolvidos na rede de comércio ilegal de aves.