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domingo 24 de março de 2024 às 06:53h

Policia Federal prende deputado federal e mais dois por mandar matar Marielle Franco

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Uma operação conjunta da Procuradoria Geral da República, do Ministério Público do Rio de Janeiro e da Polícia Federal prendeu neste domingo (24) três suspeitos de serem os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, em março de 2018.

Foram presos Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Chiquinho Brazão, deputado federal do Rio de Janeiro, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio.

Também foram expedidos mandados de busca e apreensão na sede da Polícia Civil do Rio e no Tribunal de Contas do Estado.

Família Brazão

O clã Brazão detém influência política em âmbito municipal, estadual e federal, com representantes em cargos na Câmara Municipal e Assembleia do Rio, além da Câmara dos Deputados e do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ).

Chiquinho Brazão – Foto: Ag. Câmara

As votações dos irmãos Brazão foram construídas no eleitorado dos bairros da zona oeste da capital fluminense. Antes de chegar ao Congresso, Chiquinho foi vereador na Câmara do Rio por 14 anos. Em 2018, foi eleito pela primeira vez deputado, e reeleito em 2022. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As primeiras associações da família Brazão ao caso Marielle Franco vieram à tona em 2019, quando relatório da Polícia Federal apontou Domingos Brazão como o “principal suspeito de ser autor intelectual” dos assassinatos da vereadora e do motorista. O conselheiro do TCE sempre negou a participação no crime. Ele já havia sido denunciado pela então procuradora-geral da República Raquel Dodge, em 2019, por atrapalhar a investigação, mas a Justiça do Rio rejeitou o pedido de denúncia.

Em 2017, Domingos chegou a ser preso numa operação que apurou corrupção no TCE-RJ. Ficou afastado por seis anos. De volta ao tribunal, ele ainda mantém influência política, Em eleições passadas, chegou a emprestar o sobrenome a outros candidatos sem parentesco com ele.

Em outubro do ano passado, o ex-policial militar Élcio Queiroz – o primeiro acusado a assumir a coparticipação no assassinato – também citou o conselheiro em delação.

Como mostrou o Estadão, de 2019 a 2023, Chiquinho Brazão desembolsou R$ 200 mil de verba indenizatória da Câmara abastecendo no posto de gasolina de um sócio, a oito quilômetros do seu escritório político no Rio. No caminho até lá, o parlamentar passa por outros sete postos.

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