domingo 22 de dezembro de 2024
Ex-Diretora da Americanas, Anna Christina Ramos Saicali — Foto: Vinicius Loures / Câmara dos Deputados
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sexta-feira 28 de junho de 2024 às 14:04h

Polícia Federal pede ajuda a Portugal para prender ex-diretora foragida das Americanas

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O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, se reuniu com autoridades de Portugal na tentativa de prender a ex-diretora das Americanas, Anna Saicali, que está foragida.

Foram duas reuniões com esse objetivo. O diretor-geral da PF está na linha de frente, tratando pessoalmente do cumprimento dessa prisão.

“Fiz reuniões aqui em Lisboa ontem e hoje com a Polícia Judiciária e com a Polícia de Segurança Publica, solicitando colaboração para prisão desta foragida”, disse ao blog.

Nesta sexta (28), o ex-CEO das Lojas Americanas Miguel Gutierrez foi preso em Madri. A informação foi publicada em primeira mão pelo Blog da Malu Gaspar, do jornal O Globo.

A Polícia Federal (PF) havia deflagrado na quinta a Operação Disclosure, contra as fraudes contábeis nas Lojas Americanas que, segundo as investigações, chegaram a R$ 25 bilhões.

O nome de Anna Saicali segue na Difusão Vermelha da Interpol, a lista dos mais procurados do mundo.

Segundo o Ministério Público Federal no Rio, Anna “tomou parte das fraudes ajudando a criar documentos para apresentar à auditoria, de forma a dar suporte ao saldo fictício” da Americanas.

CEO das Americanas

Sobre o CEO das Americanas, Miguel Gutierrez, preso hoje na Espanha, o diretor-geral da PF falou sobre os próximos passos para tentar a extradição.

  • O juiz da Justiça de 1º grau na Espanha vai encaminhar ao Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Internacional (DRCI) da Polícia Federal brasileira a documentação para a extradição;
  • O Brasil recebe, coloca todos os pedidos e manda de volta à Espanha;
  • O material volta às mãos do juiz espanhol, a quem caberá decidir.

A Espanha não extradita seus nacionais, mas há, segundo Andrei Passos, dois critérios que podem levar a uma decisão de cumprimento de prisão no Brasil: a data da nacionalidade espanhola e a gravidade do crime.

Se a Justiça considerar que a nacionalidade foi recente demais e que a gravidade do crime é relevante, pode permitir uma eventual extradição.

Americanas se diz vítima

A Americanas divulgou a seguinte nota:

“A Americanas reitera sua confiança nas autoridades que investigam o caso e reforça que foi vítima de uma fraude de resultados pela sua antiga diretoria, que manipulou dolosamente os controles internos existentes. A Americanas acredita na Justiça e aguarda a conclusão das investigações para responsabilizar judicialmente todos os envolvidos.”

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