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domingo 10 de novembro de 2019 às 15:06h

Polícia Federal deverá ajudar na CPI mista que investiga fake news

POLÍTICA


A Polícia Federal deverá colocar um delegado à disposição da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga a disseminação de informações falsas em redes sociais e por intermédio de aplicativos de mensagens, a CPI das fake News.

A informação foi dada pelo presidente da CPI, senador baiano Angelo Coronel (PSD).

A CPMI enviou ofício à Polícia Federal e aguarda resposta oficial.

De acordo com Angelo Coronel, esse delegado possui expertise no assunto tratado pela comissão porque trabalha com o tema na Polícia Federal.

Além disso, segundo Coronel, a policial já participou da CPI da Pedofilia no Congresso Nacional.

“A partir da semana que vem ele deverá estar à disposição para ajudar com suas técnicas, somadas ao trabalho de outros técnicos que estão ajudando a CPI”, disse o presidente da Comissão.

De acordo com a assessoria legislativa da CPI, a Polícia Federal também remeteu à Comissão inquérito sobre disseminação de informações falsas.

São cinco mil páginas que estão sendo digitalizadas, de acordo com a assessoria.

A CPMI recebeu ainda outros 17 documentos que serão analisados pelos senadores e deputados e que ajudarão na confecção do relatório final da Comissão (veja aqui quais são esses documentos).

Especialistas

Na última quarta-feira (6) CPMI promoveu audiência pública com representantes de três agências de checagem de informações e uma representante da associação que congrega 2,5 mil empresas de tecnologia da informação.

Angelo Coronel considerou essa uma das reuniões mais importantes e produtivas da CPMI.

“Eles nos deram muitos subsídios à CPMI sobre o mundo digital”, resumiu o presidente, acrescentando que o legado de todo esse trabalho à sociedade brasileira serão leis que punam quem veicula notícias falsas ou usa perfis falsos para depreciar pessoas.

“Nós vamos tirar o anonimato das redes sociais”, garantiu Coronel, referindo-se aos ataques anônimos nas redes.

Ele concorda com os convidados quando eles disseram que trabalhar na educação digital é um caminho para se combater a propagação de informações falsas.

“O combate à desinformação, às fake news, precisa muito da educação das pessoas, para quando receber alguma informação das redes checar primeiro a sua veracidade para não cometer esse crime de divulgar algo que deprecie alguém”, explicou o senador, reafirmando mais uma vez que “em nenhum momento a CPI foi criada para censurar, mas o que não podemos é ter redes sociais utilizadas por criminosos, e a grande mídia será de grande importância quando tirar profissionais que fazem mau jornalismo e colocar o profissionalismo acima de tudo”, finalizou Coronel.

Dicas contra fakes news

Edgard Matsuki, da agência Boatos.org, disse que qualquer pessoa pode fazer o que as agências fazem, ou seja, verificar se uma informação é falsa ou não, basta ler com atenção o que recebe e pesquisar o conteúdo.

De acordo com Matsuki, uma informação falsa possui características marcantes, como textos mal escritos, com erros de português, muitos pontos de exclamação e palavras em letras maiúsculas.

Prorrogação

Ao final da reunião, Angelo Coronel confirmou que o Presidente do Senado, Davi Alcolumbre, atendeu requerimento dele e prorrogou o prazo da CPI para 13 de abril, estendendo assim o funcionamento ao tempo regimental de 180 dias para a conclusão dos trabalhos.

Segundo Coronel, os trabalhos serão interrompidos no recesso parlamentar, em janeiro, e voltarão em março.

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