A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (3) uma nova etapa da Operação Egypto, denominada Fractais. Esta é a terceira fase dessa operação que tem, por objetivo, investigar a ocultação de patrimônio que teria sido reunido pelos investigados na primeira fase da operação, “consistindo, assim, em possível crime de lavagem de dinheiro”.
Cerca de 60 policiais federais estão cumprindo 13 mandados de busca e apreensão e 7 mandados de prisão temporária nas cidades gaúchas de Novo Hamburgo, Estância Velha e Campo Bom; em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Vitória.
Segundo a PF, também estão sendo cumpridas ordens judiciais visando a apreensão de veículos e o bloqueio de 170 imóveis registrados em nome de investigados e de laranjas. O valor total estimado desses imóveis é de R$ 80 milhões.
De acordo com os investigadores, a maioria dos investigados nesta etapa foram identificadas a partir de informações que surgiram com a análise “do vasto material” apreendido na primeira fase da Operação Egypto, que foi deflagrada em maio de 2019.
Ministério da Justiça
Em novembro de 2020, a partir de elementos obtidos na primeira fase da Operação Egypto, o Ministério da Justiça bloqueou quase R$ 130 milhões em moedas virtuais que estavam na empresa provedora de serviços de ativos virtuais Exchange, sediada nos Estados Unidos.
Na época, o MJ informou que o bloqueio havia sido solicitado com base em elementos obtidos pela Polícia Federal no Rio Grande do Sul, na Operação Egypto, para apurar a atuação de uma empresa com sede no município gaúcho de Novo Hamburgo.