Segundo a coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo, Efrain Cruz, que desde março passado ocupava a secretaria-geral do Ministério de Minas Energia, perdeu o cargo. De acordo com o Diário Oficial de hoje, foi exonerado. Será substituído pelo advogado Arthur Valério, ex-Consultor-Geral da CGU no governo Bolsonaro.
Efrain foi diretor da Aneel e chegou ao cargo de número 2 do ministro Alexandre Silveira graças a dois padrinhos fortes: Davi Alcolumbre e o empresário baiano Carlos Suarez, o rei do gás.
Em novembro, a colunista Malu Gaspar revelou que Efrain Cruz estava tentando incluir um jabuti na MP que Lula estava prestes a assinar tratando dos incentivos às empresas de energias renováveis: “Nesse caso, o jabuti tenta incluir na MP das renováveis serve aos interesses de Carlos Suarez, dono da Termogás”.
No governo Lula, Efrain tornou-se também integrante do conselho de administração da Petrobras, apesar de um comitê interno da estatal ter opinado pelo veto à indicação.
Em outubro passado, a Comissão de Ética Pública da Presidência instaurou um procedimento de apuração ética para investigar uma denúncia de “suposto desvio, falta de transparência e imprecisões na agenda pública” de Efrain, referente a julho de 2022, quando ele era diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).