A base da pirâmide de Mycerinus era coberta de granito quando foi construída. Com o tempo, perdeu parte do revestimento. O atual projeto pretende restaurar essa camada de granito para devolver ao monumento sua aparência original.
Rapidamente, muitos egípcios, incluindo especialistas no tema, levantaram a voz contra o projeto. Denunciaram um ataque ao patrimônio e pediram à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e às universidades que se mobilizassem.
Na tentativa de acalmar a polêmica, em um país onde o setor turístico representa 10% do Produto Interno Bruto (PIB), o ministério anunciou que um ‘comitê científico de alto nível presidido por Zahi Hawass’, um midiático egiptólogo do país, estudará o projeto de renovação ‘com especialistas em engenharia e em arqueologia egípcios, americanos, tchecos e alemães’. A comissão também deve ser responsável pelos ‘procedimentos necessários para uma coordenação com a Unesco’.
Jornalistas da AFP observaram, no local, que já houve obras na semana passada. A questão da preservação do patrimônio no Egito – lar da Pirâmide de Quéops, também conhecida como a Grande Pirâmide de Gizé, a única das sete maravilhas da antiguidade ainda visível – é, frequentemente, objeto de debates.