As revistas da Playboy com a ministra da Economia Social da França, Marlène Schiappa, na capa teve todos os seus exemplares vendidos em apenas três horas, após o lançamento da edição no país. A ministra foi duramente criticada por políticos e cidadãos franceses por posar para a revista, que tem foco no público adulto.
O diretor da revista erótica Jean-Christophe Florentin, informou ao Euronews conforme Mariana Andrade, que mais de 100 mil cópias da revista com a ministra foram vendidas. Aindo segundo ele, as vendas mensais da Playboy na França giram em torno de 30 mil exemplares. Com o sucesso editorial de Schiappa, a revista anunciou que vai colocar mais 60 mil cópias à venda a partir desta quinta-feira (20).
De acordo com uma editora da revista erótica, Schiappa é a personalidade política “mais compatível com a Playboy”. Ela é conhecida por ser uma grande figura na causa feminista. Por exemplo, em 2018, então ministra dos Direitos Iguais, ela conseguiu aprovar leis que para criminalizar o assédio na rua.
Escritora, política e ativista social, Schiappa chamou a atenção por posar na revista erótica aos 40 anos de idade. A revista é da edição de abril/junho da Playboy. A edição conta com um ensaio fotográfico, onde a ministra usa diversas roupas de grifes, e uma entrevista de 12 páginas sobre os direitos da mulheres.
Tensão no alto-escalão francês
Diversos parlamentares e políticos do alto-escalão francês classificaram a aparição de Marlène Schiappa na revista erótica como “inadequada”. Segundo relatos, a primeira-ministra Élisabeth Borne telefonou a ministra e disse que a aparição dela na revista é “totalmente inadequada”.
A ministra respondeu às críticas com uma publicação nas redes sociais, na qual defende a liberdade dos corpos das mulheres. “Defender o direito da mulher de dispor de seu próprio corpo é feito sempre e em qualquer lugar. Na França, a mulher é livre. Com todo respeito aos desviados e hipócritas #Playboy”, escreveu.