Com o objetivo de formar o maior banco de dados sobre o terceiro setor brasileiro, levando em consideração o impacto que geram no alcance da Agenda 2030, da ONU, uma parceria conforme a Veja, entre consultorias lançou nesta semana a plataforma Mais – Mapa do Impacto Social.
Por meio da plataforma, ONGs e OSCs poderão atualizar as suas informações para terem visibilidade e alcançarem potenciais investidores, parceiros e doadores. Os primeiros dados gerados apontam que mais de 85% das organizações sociais do Brasil têm suas atuações alinhadas ao ODS 1 (Erradicação da pobreza), temática ainda mais relevante considerando-se que o país voltou para Mapa da Fome e tem a pobreza monetária como uma questão relevante após a pandemia.
O Mais ainda aponta que quase 85% das organizações estão alinhadas ao ODS 10 (Redução das desigualdades), e mais de 76% colaboram com o ODS 16 (Paz, justiça e instituições eficazes). Porém, apenas 21% estão ligadas ao ODS 8 (Trabalho decente e crescimento econômico). E com representatividades ainda menores, apenas 15% possuem suas atividades principais relacionadas o ODS 4 (Educação de qualidade) e 0,5% das OSCs têm suas atuações alinhadas ao eixo Ambiental.
O projeto foi coidealizado pela Impact Beyond e Instituto Phi e já possui mais de 30 parceiros e apoiadores, incluindo SEALL, Sintetizo, Ambev Voa, Movimento Bem Maior, Humanize, Movimento Por Uma Cultura de Doação, Mercado Livre.
“Desenhar estratégias que possam gerar impactos mensuráveis é o desafio do momento, e o Mais vem trazer essa camada de inteligência de dados para o terceiro setor, apoiando estratégias, mas também dando mais visibilidade para as organizações com menos espaço de mídia”, diz Luiza Serpa, diretora do Instituto Phi.
“Conseguir fomentar o alinhamento das organizações do terceiro setor com as temáticas de impacto da Agenda 2030 é fundamental para acelerarmos a transição para um desenvolvimento econômico mais justo, inclusivo e equilibrado. Disponibilizar o acesso à essas análises e dar visibilidade para as ONGs e OSCs, de forma que possam multiplicar o impacto positivo gerado, alinhado à Agenda 2030, é primordial para a nossa sociedade”, explica Gabriela Ferolla, diretora executiva da SEALL, startup responsável pela inteligência do projeto.