A vantagem de Joe Biden em relação a Donald Trump nas recentes pesquisas de intenção de voto para presidência dos Estados Unidos acendeu o alerta no Palácio do Planalto e no Itamaraty.
Temendo que uma eventual vitória do candidato democrata inviabilize a relação de Jair Bolsonaro com a Casa Branca, auxiliares do presidente brasileiro traçaram um “plano” de aproximação com os democratas.
A estratégia é intensificar o diálogo com políticos democratas considerados mais “conservadores”. Um deles é o senador Robert Menendez, que tem atuação voltada para América Latina.
Auxiliares de Bolsonaro têm mantido contato frequente com Menendez, com o qual já chegaram a se encontrar presencialmente. Filho do presidente, Eduardo Bolsonaro também já conversou com o senador.
Segundo auxiliares do chefe do Executivo brasileiro ouvidos pela CNN, o objetivo do Planalto é mostrar que os planos de Biden para países como China e Venezuela precisam do Brasil para ser bem-sucedidos.
Por isso, na avaliação de assessores do presidente brasileiro, seria importante “priorizar as convergências geopolíticas” e “ignorar diferenças ideológicas” entre Bolsonaro e Biden.
Essa estratégia parte do diagnóstico do Planalto e da cúpula do Itamaraty de que a prioridade de Biden na campanha eleitoral tem sido mostrar que ele será mais firme do que Trump em relação à China.
Panorama
Auxiliares de Bolsonaro também pretendem começar nas próximas semanas a fazer uma análise detalhada do cenário eleitoral em cada estado americano – o pleito será em novembro.
Segundo um influente assessor presidencial, a ideia é dar um “norte” a Bolsonaro, que já declarou publicamente nas últimas semanas torcer pela reeleição de Trump para a Casa Branca.