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O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto - Foto: Mateus Bonomi/AGIF/AFP
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sábado 8 de julho de 2023 às 14:27h

PL teme reviver racha de antigo partido de Bolsonaro

NOTÍCIAS, POLÍTICA


As brigas internas potencializadas pela reforma tributária despertaram na cúpula do PL o temor segundo Bela Megale, do O Globo, de que o partido reedite o racha da antiga legenda de Jair Bolsonaro, o extinto PSL.

O presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, e o líder do PL na Câmara, Altineu Côrtes (PL-RJ), fizeram ouvidos moucos sobre a pressão de Bolsonaro para fechar questão contra a reforma tributária, aprovada por 20 dos 99 deputados da sigla. No dia seguinte, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) foi às redes dizer que há “distanciamentos propositais vindos de dentro”. A fala foi encarada como um recado para Valdemar.

Além disso, a reunião realizada na manhã de quinta-feira, onde o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), foi hostilizado pelos bolsonaristas radicais por apoiar a reforma, deixou latente a insatisfação do grupo com a ala moderada.

Em paralelo, deputados arraigados ao ex-presidente têm criticado publicamente Valdemar, como fez Ricardo Salles (PL-SP), quando foi preterido na disputa pela prefeitura da capital paulista, e Gustavo Gayer (PL-GO), que disse, nesta semana, em um podcast, que o presidente de seu partido é “corrupto”.

A avaliação da cúpula do PL é que o clima pode esquentar a ponto de a sigla reeditar o passado, quando os radicais da antiga legenda de Bolsonaro romperam com o comando do PSL e acionaram a Justiça Eleitoral para tentar deixar o partido sem perder o mandato.

A ação nem chegou a ser apreciada pelo ministro Edson Fachin e os deputados bolsonaristas tiveram que aguardar a janela partidária para mudar de partido, que só acontece seis meses antes de cada eleição.

O cenário que envolve Bolsonaro hoje é bem distinto àquele de 2019, quando ele anunciou sua saída do PSL e a criação de uma legenda que nunca se concretizou. Na época, o capitão era presidente da República e tinha o poder da máquina na mão. Hoje, Bolsonaro, inelegível por oito anos, é funcionário do PL, assim como sua esposa, Michelle, e tem salário, aluguel e advogados pagos pela sigla de Valdemar Costa Neto.

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