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sábado 27 de agosto de 2022 às 06:10h

PL de Bolsonaro domina popularidade digital de candidatos à Câmara dos Deputados

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O jornal Folha de S. Paulo passou a publicar nesta última sexta-feira (26) o ranking de popularidade digital dos candidatos a deputado federal nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, aparece como protagonista nos três estados.

VEJA RANKING POR ESTADO

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  • Janones lidera ranking em Minas; PT e PL dominam; confira

O chamado Índice de Popularidade Digital (IPD) varia de 0 a 100 e foi criado pela Quaest Consultoria e Pesquisa. Ele mede diariamente o desempenho dos políticos nas redes sociais e ajuda a sentir a temperatura da corrida eleitoral no país.

Desde junho, o jornal tem publicado mensalmente a performance dos candidatos à Presidência e aos governos desses três estados, além de Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.

Nesses casos, é divulgada uma linha do tempo da atuação de cada político ao longo do último mês. No ranking do Congresso Nacional, porém, é considerado apenas um número: a média móvel do mês anterior, devido à grande quantidade de nomes.

As 70 cadeiras de São Paulo na Câmara dos Deputados, por exemplo, estão sendo disputadas por 1.522 pessoas, segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A lista da Quaest tem apenas 973 deles, porque o restante não foi encontrado ou tinha as redes sociais fechadas para o público.

Para as 53 vagas de Minas Gerais há 1.094 concorrentes, mas a análise incluiu 619 nomes pelo mesmo motivo. Já no Rio de Janeiro são considerados 673 de um total de 1.074 postulantes para as 46 cadeiras reservadas aos fluminenses.

Será possível buscar o político por nome ou partido e, à medida que novos índices forem publicados, ver como ele está evoluindo durante a campanha.

O Índice de Popularidade Digital é calculado pela empresa mineira desde 2018, através de um algoritmo de inteligência artificial que, no caso dos candidatos a deputado federal, coleta e processa 139 variáveis de três plataformas: Twitter, Facebook e Instagram.

RANKING DE POPULARIDADE DIGITAL

Índice mede desempenho de pré-candidatos nas redes sociais

  • Brasil: Lula sobe com apoio de Anitta, e Bolsonaro cai com fala golpista

  • SP: Tarcício supera Haddad e Garcia

  • RJ: Freixo lidera à frente de Castro

  • MG: Zema abre vantagem sobre Kalil

  • BA: ACM Neto bate Roma e Jerônimo

  • PE: Marília Arraes lidera com folga

  • RS: Onyx supera Eduardo Leite

  • DF: Disputa por popularidade se acirra

  • Entenda como o IPD é calculado

Essas variáveis são agrupadas em cinco “dimensões de análise”, que depois são inseridas em uma equação que resulta no índice:

  • Presença digital: se o candidato possui perfis ativos nas redes sociais
  • Fama: seguidores, visibilidade de conteúdos e alcance digital
  • Engajamento: interação, comentários e curtidas por postagem; aumenta quando a audiência reage acima da média
  • Mobilização: compartilhamento das postagens; aumenta quando usuários passam a falar mais sobre o político de forma espontânea
  • Valência: proporção de reações positivas e negativas às postagens

O peso que cada dimensão terá nessa equação é determinado por um modelo assimilado pela máquina a partir dos resultados reais das eleições de 2018, com milhares de candidaturas monitoradas pela empresa desde aquele ano.

Isso significa que os índices divulgados já estão ponderados pela relevância que as redes do político têm sobre o resultado final do pleito. Trata-se, portanto, de um indicador de desempenho eleitoral a partir do seu desempenho de popularidade.

“O IPD é muito mais do que medir quem vai bem ou mal nas redes sociais. Ele é, a partir das redes, o que esperamos que aconteça nas eleições”, explica o cientista político e estatístico Felipe Nunes, diretor da Quaest e professor de métodos quantitativos na UFMG (Universidade Federal de MG).

O indicador surgiu de pesquisas desenvolvidas desde 2017 pelo seu grupo de estudos na universidade. Ele cita como inspiração a antecipação da descoberta de epidemias por meio do Google, onde as pessoas procuram previamente informações sobre doenças.

Nunes diz que o cálculo minimiza a atuação de perfis “robôs” da seguinte forma: o comportamento da rede social é inserido num padrão, uma “curva”, e tudo que desvia desse padrão acima da média é classificado como comportamento automatizado e retirado da conta.

Na prática, o IPD é um diário da performance dos candidatos, e sobe ou desce diariamente de acordo com o que eles falam e fazem durante a campanha eleitoral. Ao final, é calculada uma média mensal e eles são posicionados num ranking.

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