O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin (PSB), afirmou nesta sexta-feira (1º) que o cenário da economia é positivo, após o PIB brasileiro ter registrado crescimento de 2,9% no ano passado. A declaração foi dada em coletiva de imprensa depois da reunião do Conselho de Administração da Suframa. Assim como outros integrantes do governo, Alckmin lembrou que as expectativas iniciais para a alta do PIB em 2023, de avanço de 0,8%, eram muito mais baixas que a realizada.
O vice-presidente citou uma série de indicadores que registraram melhora durante o ano passado, como a queda da inflação, do risco-Brasil e do desemprego. “Risco Brasil, que era 254, caiu para 128. A inflação, que era quase 6%, caiu para 4,5%, dentro do teto da meta. A bolsa subiu, o PIB subiu, o emprego subiu, e o dólar e a inflação caíram”, disse Alckmin.
Ele ainda destacou o desempenho da balança comercial brasileira, que, segundo ele, em nível de exportação, cresceu dez vezes mais que a média mundial. “No comércio exterior, o volume cresceu 0,8%. No Brasil cresceu em volume 8,5%, dez vezes mais em termos de volume de exportação que a média mundial”, disse.
O ministro da Indústria ponderou, contudo, que esse cenário não deve levar o governo a se “acomodar”, mas sim trabalhar mais para atrair investimentos e melhorar produtividade. Nesse sentido, Alckmin citou iniciativas de seu ministério, como o programa de depreciação acelerada, que visa incentivar a compra de maquinário pela indústria, e a proposta de criação de uma Letra de Crédito do Desenvolvimento (LCD), objeto de um projeto de lei enviado pelo governo ao Congresso no fim do ano passado.
“Vamos ter linha de crédito para indústria, LCD, dinheiro mais barato, porque na letra de crédito reduz imposto de renda”, comentou Alckmin, lembrando ainda dos recursos reservados para pesquisa e inovação.