Os investidores acompanham nesta terça-feira (4) a divulgação do Produto Interno Bruto do Brasil no 1º trimestre deste ano. A divulgação será às 9h. A expectativa de economistas e relatórios consultados pela revista Exame, é que a economia brasileira deve apresentar crescimento entre 0,6% e 0,9%.
O mercado acompanha ainda as medidas compensatórias da desoneração da folha de pagamento que será divulgado pelo ministério da Fazenda. No radar dos investidores está ainda o segundo Projeto de Lei Complementar para regulamentação da Reforma Tributária.
Jolts
Nos Estados Unidos, o destaque é a divulgação do relatório Job Openings and Labor Turnover Survey (Jolts), que é a pesquisa de ofertas de emprego e desligamento de empregados. Os dados serão apresentados às 11h no horário de Brasília. Ainda esta semana será apresentado o relatório de emprego de maio, que fornecerá novos dados do mercado de trabalho, incluindo as folhas de pagamento não-agrícolas e a taxa de desemprego.
Todos estes dados serão divulgados antes da reunião do Federal Reserve (Fed) que acontece na próxima semana. Os investidores esperam que o banco central americano mantenha as taxas de juro inalteradas. Entretanto, estão atentos a pistas sobre o que o Fed espera para a política monetária e para a economia. O banco central americano está agora no chamado período de blackout, antes da reunião, durante o qual os responsáveis estão limitados no que podem discutir publicamente. Nas últimas semanas, porém, dirigentes do Fed indicaram que estão à procura de mais dados que mostrem que a inflação está dando sinais de redução antes de aliviarem a política monetária. No pré-market, as bolsas americanas operavam em queda nesta terça-feira.
Europa
As bolsas europeias operam em baixa pressionadas por ações de petrolíferas, ao mesmo tempo em que investidores demonstram cautela antes de uma decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE) nesta semana.
Por volta das 8h30 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 recuava 0,64% a 516,51 pontos, interrompendo uma sequência de três pregões de ganhos. Um sentimento de aversão a risco também ganhou força na Europa antes de o BCE fazer seu anúncio de política monetária, na quinta-feira, 6. É amplamente esperado que o BCE corte os juros básicos da zona do euro em 25 pontos-base, mas surgiram incertezas sobre possíveis novas reduções após a inflação do bloco acelerar em maio.
Ásia
As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta terça-feira, com as chinesas e a de Hong Kong sustentadas por ações do setor imobiliário. Na China continental, o índice Xangai Composto subiu 0,41%, a 3.091,20 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,45%, a 1.726,92 pontos. Destacaram-se incorporadoras como Poly Developments & Holdings Group (+3,1%) e China Vanke (+3,3%).
Para analistas do UBS, uma estabilização gradual das vendas de imóveis na China durante os próximos dois trimestres, após uma série de medidas de estímulos, poderá levar a uma recuperação da confiança das famílias e do consumo, o que tenderia a favorecer as ações chinesas. Em Hong Kong, o Hang Seng teve modesta alta de 0,22%, a 18.444 11 pontos, com ganhos também liderados por incorporadoras. Longfor Group e China Resources Land saltaram 3,8% e 4%, respectivamente.
Em outras partes da Ásia, o dia foi de perdas: o japonês Nikkei caiu 0,22% em Tóquio, a 38.837,46 pontos, pressionado por ações financeiras e de energia, o sul-coreano Kospi recuou 0,76% em Seul, a 2.662,10 pontos, sob o peso de ações dos setores varejista e automotivo, e o Taiex cedeu 0,84% em Taiwan, a 21.356,62 pontos.