O Fundo Monetário Internacional (FMI) publicou nesta última quarta-feira (14) relatório com a conclusão de uma missão de consultas com a Colômbia, no âmbito do Artigo IV dos regimentos da instituição internacional. De acordo com o documento, a economia do país deve avançar 1,3% neste ano.
No médio prazo, a instituição prevê que o crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) colombiano convirja para 3%, apoiado também por projetos de infraestrutura de grande escala, por uma maior recuperação do investimento privado e pelos ganhos econômicos fruto da integração dos imigrantes venezuelanos.
De acordo com o Fundo Monetário, a inflação e as expectativas de inflação estão caindo gradualmente, e o Banco Central da Colômbia tem sido bem sucedido em manter as taxas a níveis estáveis. Na esteira deste movimento, a normalização da política monetária deverá continuar avançando com cautela.
Porém, o FMI alerta para os riscos descendentes para a economia local. A intensificação de tensões geopolíticas no mundo pode restringir as condições financeiras globais e interromper ou perturbar o abastecimento de alimentos e energia. A nível interno, o documento destaca a possibilidade do El Niño ser mais forte do que o esperado e prejudicar a exportação e atividade econômica colombiana. Além disso, também foram destacadas as possibilidades de uma demanda privada fragilizada pelos juros restritivos e incertezas sobre as reformas de transição social e energética em curso no país.
O texto destaca, entretanto, que a manutenção de reservas pelo governo e a implementação de políticas sólidas já em curso, incluindo a continuação da adesão à regra orçamental e ao quadro de metas para a inflação, atenuaria os riscos e continuaria a apoiar a resiliência da Colômbia.