A Procuradoria-Geral da República denunciou ao STJ o desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) Mário Guimarães Neto e o empresário Jacob Barata Filho, conhecido como “Rei do Ônibus”. A apuração é desdobramento das operações Descontrole e Quinto do Ouro.
Na denúncia oferecida à Corte Especial pela subprocuradora Lindôra Maria Araújo, o desembargador é apontado como integrante de um esquema de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas no setor de transportes públicos no estado do Rio de Janeiro.
Em documento enviado ao ministro Félix Fischer, Lindôra pede a prorrogação do afastamento cautelar do desembargador até o trânsito em julgado do processo, “em razão do risco de que o investigado intimide testemunhas e use sua influência para macular provas já existentes ou prejudicar as investigações”.
Segundo as investigações, Guimarães recebia vantagens indevidas do setor de ônibus com o propósito de garantir decisões favoráveis aos seus interesses. O acerto da propina seria intermediado pela esposa do magistrado, Gláucia Guimarães, e o pagamento, efetuado com recursos de caixa 2 do Sindicato Rio Ônibus.
Também constam como denunciados a esposa do magistrado, a advogada Gláucia Iorio de Araújo Guimarães; os empresários Miguel Iskin, José Carlos Reis Lavouras; além do presidente do Conselho Superior do Sindicato Rio Ônibus, e João Augusto Morais Monteiro, e do doleiro Carlos Eduardo Caminha Garibe.