Após entrar em contradição com o Ministério da Saúde, a Pfizer respondeu à CNN, em nova manifestação, que estima entregar as vacinas para crianças a partir de janeiro de 2022.
Em nota, o laboratório continua a não se comprometer com uma data específica, no entanto.
Mais cedo, a Pfizer havia afirmado que ainda não era possível determinar a data de entrega de doses pediátricas ao Brasil. A empresa explicou, inicialmente que fazia todos os esforços para que cheguem ao país o mais rápido possível.
Poucas horas depois, divulgou outra manifestação em que afirma que atua junto ao governo para definir as próximas etapas do processo, com estimativa de entregas a partir de janeiro de 2022.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou à CNN nesta sexta-feira (24) que “temos doses suficientes, conforme já foi explicitado no documento da consulta pública”.
O documento divulgado na noite desta quinta-feira prevê vacinação com base em prescrição médica e consentimento dos pais, mas não detalha quantas vacinas serão aplicadas nas crianças, nesta primeira leva.
A CNN conversou com secretários do Ministério da Saúde que explicaram estar em negociação com a Pfizer desde outubro e que o laboratório teria argumentado não trabalhar com pronta entrega de vacinas, devido à capacidade produtiva.
Assim como o Brasil, cerca de 25 países, já estão utilizando vacinas infantis ou autorizaram a imunização dessa faixa etária até agora, de acordo com a consulta pública, o que confirma a busca pela compra de vacinas.
Com base em dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Ministério da Saúde trabalha com um público de 20 milhões de crianças, entre 5 e 11 anos.
Pelo cronograma proposto, assim que a vacinação tiver início, terão prioridade crianças com comorbidades ou que vivam com pessoas com alto risco para evolução grave da doença.
O governo e o laboratório fecharam contrato que prevê o fornecimento de 100 milhões de doses da vacina, em 2022.
O acordo inclui a possibilidade de “fornecimento de versões modificadas do imunizante para variantes, que poderão ser eventualmente desenvolvidas caso necessário, e versões para diferentes faixas etárias, conforme solicitação por parte do Ministério da Saúde”, de acordo com a Pfizer”.