A prisão de Anderson Torres conta com um forte esquema de segurança e táticas que tornam cada movimentação sigilosa.
Até mesmo um “comboio fake” da Polícia Federal (PF) saiu ontem em disparada da Superintendência para despistar a imprensa. As informações são do Metrópoles.
As viaturas foram para a Papuda e muitos jornalistas seguiram, mas o ex-secretário de Segurança Pública não estava sendo transportado.
Anderson Torres estava nos Estados Unidos quando soube do pedido de prisão contra ele.
Ontem, ele retornou ao Brasil em um voo vindo de Miami. O avião pousou em Brasília, no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, por volta das 7h15, quando ele foi imediatamente detido.
No local, por volta das 8h30, o “comboio fake” assustou quem acompanhava o caso. Cinco viaturas da Polícia Federal saíram em disparada, seguidas por veículos de imprensa.
A rota terminou no Complexo Penitenciário da Papuda, onde um outro grande esquema de segurança estava montado, com mais carros e agentes, em uma movimentação anormal para o dia a dia da penitenciária.
Alguns jornalistas chegaram a acreditar que Anderson Torres estava, então, na Papuda, mas ele não tinha sido deslocado naqueles veículos. Poucos minutos depois do comboio falso, o ex-secretário foi levado para o 4º Batalhão de Polícia Militar, no Guará.
Não há informações oficiais sobre os próximos passos, mas fontes dizem que Torres deve continuar no local até prestar depoimento e ser conduzido de volta à PF durante a semana, para a oitiva.
Após se ouvido, o ex-secretário deve ir para a carceragem do 19º Batalhão da Polícia Militar, conhecida como Papudinha.
O pedido de prisão preventiva decorre do inquérito que apura os atos terroristas ocorridos em Brasília no último dia 8.
No dia dos ataques aos prédios do STF, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto, Torres estava de férias, em Orlando, nos Estados Unidos.