A Polícia Federal prendeu, em uma ação conjunta com a polícia portuguesa, um hacker suspeito de invadir os sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante a apuração do primeiro turno das eleições, no dia 15 de novembro. O ataque teria sido o motivo da lentidão na divulgação dos resultados.
Segundo informações da CNN Brasil, além da prisão em Portugal, a PF realizou buscas também no Brasil, onde foram cumpridos três mandados de busca e apreensão em Minas Gerais e São Paulo.
No dia 15, o presidente do tribunal, Luís Roberto Barroso, confirmou a ação, mas disse que o caso foi “totalmente neutralizado”, sem prejuízos para o pleito. Em nota, o TSE afirmou que a ação dos invasores não estava associada à lentidão da contagem dos votos.
Thiago Tavares, presidente da SaferNet, que trabalha em parceria com o Ministério Público Federal no monitoramento de fraudes eleitorais cometidas pela internet, afirmou que o ataque hacker sofrido pelo TSE foi uma “operação coordenada” para “desacreditar a Justiça Eleitoral”.
Em conversa por e-mail com a agência Sputnik, o hacker que se identificou como Zambrius teria assumido a autoria dos ataques ao TSE desde Portugal, feitos segundo ele, com um celular de “50 a 80 euros”, pelo fato de ele não ter computador.