A Polícia Federal (PF) prendeu nesta terça-feira quatro pessoas acusadas de crimes cibernéticos. Entre os detidos, está um hacker suspeito de ter invadido o celular do ministro da Justiça, Sergio Moro . Na chamada Operação Spoofing, a polícia está cumprindo ainda sete mandados de busca em São Paulo, Araraquara e Ribeirão Preto.
“Spoofing é um tipo de falsificação tecnológica que procura enganar uma rede ou uma pessoa fazendo-a acreditar que a fonte de uma informação é confiável quando, na realidade, não é”, explica a PF em nota.
Em junho, reportagem do GLOBO mostrou que a PF e o Ministério Público Federal (MPF) tinham indícios de que o ataque hacker que expôsmensagens privadas de Moro e de procuradores foi muito bem planejado e teve alcance bem mais amplo do que se sabia até aquele momento. Entre os alvos dos criminosos, estiveram integrantes das forças-tarefas da Operação Lava-Jato de ao menos três estados (Rio, Paraná e Distrito Federal), delegados federais de São Paulo, magistrados do Rio e de Curitiba.
A PF investiga os ataques com duas turmas de agentes e delegados, em quatro cidades. A Procuradoria-Geral da República também abriu um procedimento para acompanhar o trabalho da polícia. A apuração desse tipo de crime é tida como complexa, e o prazo para conclusão das investigações será longo, prevê a cúpula da PF.
Depois do início da investigação, a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) e o ministro da Economia, Paulo Guedes, também afirmaram que seus telefones foram invadidos.