A Polícia Federal (PF), a Procuradoria-Geral da República e até a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) estão atualmente em ação para investigar a prática de “rachadinha” no gabinete do deputado federal André Janones.
No âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luiz Fux encaminhou à PF informações em posse do Ministério Público, solicitando que a corporação avaliasse a consistência das provas provenientes da denúncia feita por um ex-assessor.
Conforme relato do portal Metrópoles em setembro do ano passado, um mês antes das eleições, membros da Abin se reuniram com o denunciante em Brasília, gravando os relatos de alegadas irregularidades no gabinete de Janones, que admitiram o uso de fake news nas redes sociais durante o processo eleitoral de 2022.
Assessores e ex-assessores do deputado André Janones (Avante-MG) afirmaram que ele esteve envolvido em um esquema de “rachadinha” no gabinete desde 2019, quando assumiu o primeiro mandato. A denúncia se baseia em um áudio no qual um aliado de Janones, sem conhecimento da gravação, suporta ter repassado valores ao deputado e à atual prefeita de Ituiutaba, Leandra Guedes, provenientes do esquema de “rachadinha”.
De acordo com os denunciantes, a prática persistiu, pelo menos, durante todo o primeiro mandato de Janones (2019-2022) e também foi imposta pela ex-assessora de Janones, Leandra Guedes, na prefeitura de Ituiutaba (MG), onde ela foi eleita prefeita em 2020 e levou parte dos assessores para sua equipe no novo cargo.
O ex-assessor, na denúncia, afirma que a quebra do sigilo bancário dos servidores do gabinete comprovaria o padrão dos saques realizados em caixa eletrônica.
Além disso, o ex-assessor acusou Janones de receber propina de 20% por obras em Ituiutaba e afirmou que a prefeitura iria superfaturamento ao contratar artistas para shows na cidade. Janones nega as acusações.