A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (8) a operação “Double Crack”, que apura o desvio de recursos da Assembleia Legislativa do Amapá (Alap), em um esquema que envolveria a prática de “rachadinha“, quando parte ou todo o salário de um funcionário é transferido para um parlamentar. E ainda, superfaturamento no aluguel de um prédio comercial para a Alap.
Estão sendo cumpridos 18 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal de Justiça do Estado, contra dois deputados estaduais do Amapá e assessores dos mesmos que trabalham nos gabinetes. Os nomes dos parlamentares não foram divulgados pela PF.
Durante as investigações, a PF identificou que a organização criminosa recebia dos cofres da Assembleia, somente com os desvios de salários dos assessores, mais de R$150 mil, que era usado para pagar despesas pessoais de parlamentar. E que os valores desviados desde o ano de 2019 até o momento, somam R$ 7,4 milhões.
Os investigados podem responder pelos crimes de peculato, corrupção passiva, organização criminosa, fraude em processo licitatório e lavagem de dinheiro, com penas que podem chegar a 42 anos de prisão.
Double crack em inglês significa dupla rachadura, faz alusão ao esquema de “rachadinha” envolvendo deputados da ALAP.