Na manhã desta quinta-feira (1º), a Polícia Federal, com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou a Operação Anáfora para apurar segundo a coluna Na Mira, do portal Metrópoles, favorecimento na contratação de cooperativa de trabalho pelo município de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, por valores que, somados o contrato e seus aditivos, ultrapassam meio bilhão de reais (R$ 563.550.000) em pouco mais de dois anos.
Na ação, cerca de 130 policiais federais e servidores da CGU cumprem 27 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 6ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, nos municípios de Duque de Caxias, Maricá, Angra dos Reis, Mesquita, Niterói, Nova Iguaçu e na capital carioca.
Os mandados de busca e apreensão são executados em desfavor de pessoas físicas e jurídicas que ocupam diferentes funções no esquema, incluindo empresários, laranjas, operadores financeiros e prováveis líderes das quadrilha.
Anáfora
O nome da operação faz referência a uma figura de linguagem muito utilizada por escritores por meio da repetição de uma ou mais palavras no início de versos, orações ou períodos. Empregada na poesia e na música, a anáfora aumenta a expressividade da mensagem, enfatizando o sentido de termos repetidos consecutivamente.
Com relação ao trabalho conduzido pela PF, o que se identificou como característica acentuada da organização criminosa foi justamente a repetição do seu modo de atuar, ou seja, o emprego do mesmo modus operandi tanto na constituição de empresas geridas por interpostas pessoas quanto na forma de contratar com entes públicos.