A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (2) com apoio e participação das Polícias Civis do Distrito Federal e São Paulo, a Operação ‘Não seja um laranja’.
Na região de Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia, estão sendo cumpridos dois conforme o A Tarde, mandados de busca e apreensão e seis medidas cautelares diversas da prisão.
O objetivo é a desarticulação de esquemas criminosos organizados voltados para a prática de fraudes em contas eletrônicas mantidas em diversas instituições bancárias do País.
Estão sendo cumpridos 43 (quarenta e três) mandados de busca e apreensão em 13 Estados e no Distrito Federal. O montante de fraudes bancárias eletrônicas investigadas totaliza R$ 18.158.221,90 (dezoito milhões, cento e cinquenta e oito mil, duzentos e vinte e um reais e 90 centavos).
A ação é resultado de mais uma iniciativa da Força-Tarefa Tentáculos, instituída pela Polícia Federal para a repressão a fraudes bancárias eletrônicas, a qual envolve esforço cooperativo e integração com as Polícias Civis e as instituições bancárias, por meio da Febraban.
Destaca-se o apoio operacional da Unidade Especial de Investigação a Crimes Cibernéticos, a qual iniciou as atividades recentemente e já tem participação em umaa segunda operação de grande porte.
Nos últimos anos, a Polícia Federal detectou um aumento considerável da participação consciente de pessoas físicas em esquemas criminosos, para os quais “emprestam” as contas bancárias, mediante pagamento. Este “lucro fácil”, com a cessão das contas para receber transações fraudulentas, possibilita a ocorrência de fraudes bancárias eletrônicas que vitimam uma infinidade de cidadãos. Tais pessoas são conhecidas, no jargão policial, como “Laranjas”.
A Polícia Federal alerta a sociedade que emprestar contas bancárias para receber créditos fraudulentos é crime, além de provocar um dano considerável aos cidadãos, quer pelo potencial ofensivo deste tipo de conduta delitiva, a qual tem sido um dos principais vetores de financiamento de organizações criminosas, como também pelos prejuízos financeiros e emocionais a milhares de brasileiros. Em razão disso o nome da Operação, alertando que essa conduta é criminosa.
Os delitos apurados na Operação Nao seja um laranja’ são associação criminosa (art. 288 do Código Penal), furto qualificado mediante fraude (art. 155, § 4º do Código Penal), uso de documento falso (art. 304 do Código Penal) e falsidade ideológica (art. 299 do Código Penal), cujas penas podem somar mais de 20 anos de prisão.