A Polícia Federal mantém em contas judiciais R$ 1 bilhão em criptomoedas apreendidas em investigações deflagradas no último ano. Conforme o jornal Folha de S. Paulo, os valores são referentes a cerca de 6 mil unidades de bitcoins e outros tipos de moedas virtuais, como a Ethereum.
Na cotação de sexta (30), um bitcoin equivale a R$ 310 mil. Os operadores de criptomoedas são vistos pela PF como os novos doleiros que se valem dos criptoativos para praticar crimes como a evasão de divisas, sonegação e lavagem de dinheiro.
Os investigadores já mapearam o uso de criptomoedas relacionado ao tráfico de drogas e corrupção. Devido ao aumento no número de casos, a PF produziu e distribuiu internamente um manual técnico sobre como realizar a busca e apreensão das moedas virtuais.
Na quarta (28), após receber uma informação sobre movimentação suspeita de malas, a PF apreendeu em Búzios (RJ) R$ 7 milhões em espécie que seriam enviados de helicóptero para São Paulo naquele dia.
As pessoas abordadas na ação são da empresa GAS Consultoria e Tecnologia, que negocia criptomoedas. A origem dos valores ainda é investigada.
“A PF está atenta a esses novos métodos utilizados pelos criminosos”, diz o diretor de combate ao crime organizado Luís Flávio Zampronha.