Os contratos futuros de petróleo fecharam o pregão desta segunda-feira (7), em baixa, segundo o Estadão, ampliando perdas de quase 10% acumuladas na última semana, em meio a temores de que a guerra comercial desencadeada pelo tarifaço do presidente dos EUA, Donald Trump, gere uma recessão global e enfraqueça a demanda pela commodity.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de petróleo WTI para maio caiu 2,08% (US$ 1,29), fechando a US$ 60,70 o barril. O Brent para junho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), cedeu 2,08% (US$ 1,37), alcançando US$ 64,21 o barril.
Em um pregão volátil, os contratos de petróleo bruto chegaram a subir mais de US$ 1,00 com rumores de que o governo Trump estaria considerando suspender as tarifas recíprocas por 90 dias, mas voltaram a cair após a Casa Branca negar a informação.
Ambos os benchmarks de petróleo bruto oscilaram em faixas amplas durante a sessão, com cerca de US$ 5,00 separando as máximas e mínimas.
O aumento dos temores de que as políticas de Trump possam desencadear uma recessão global, juntamente com um aumento inesperado na produção pela Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados), ampliaram as preocupações com a demanda, provocando uma onda de vendas e levando grandes bancos de Wall Street a cortar suas previsões para os preços da commodity.
“O segundo trimestre começou de forma sombria para os ativos de risco, e a volatilidade mostra poucos sinais de alívio enquanto os mercados digerem os possíveis impactos econômicos das novas medidas comerciais”, afirma Fawad Razaqzada, analista de mercado da Forex.com.
“Com todos esses mercados despencando, é de se perguntar onde isso vai parar”, acrescenta Razaqzada. *Com informações da Dow Jones Newswires