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segunda-feira 20 de janeiro de 2025 às 16:10h

Petróleo fecha em baixa, com atenção às medidas de Trump e redução de tensões no Oriente Médio

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Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta segunda-feira (20) em um dia marcado pela posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em Nova York, os mercados não operaram, mas investidores estiveram atentos às primeiras sinalizações e medidas da nova administração para o setor energético.

Trump anunciou uma emergência nacional com objetivo de aumentar a produção de energia e reverter as políticas do ex-presidente Joe Biden voltadas para o combate às mudanças climáticas. A Casa Branca anunciou que o país deixará ainda o Acordo de Paris. No radar, esteve ainda a redução das tensões no Oriente Médio após o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas.

No pregão eletrônico da New York Mercantile Exchange (Nymex), às 15h15 (horário de Brasília), o petróleo WTI para março operava em queda de 1,24% (US$ 0,96), a US$ 76,43 o barril, enquanto o Brent para mesmo mês, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 0,79% (US$ 0,64), a US$ 80,15 o barril.

Em discurso de posse no Capitólio, Trump prometeu completar a reserva estratégica de petróleo do país. “Vamos perfurar, baby, perfurar”, afirmou, em referência a uma frase que tem repetido em que sinaliza os planos de liberar a perfuração de poços petrolíferos. O republicano atribuiu a “inflação recorde” aos gastos excessivos da gestão anterior. Segundo ele, a nova gestão utilizará toda a força possível para conter a escalada inflacionária. A Casa Branca diz ainda que a nova administração buscará racionalizar a concessão de licenças e rever, para efeitos de rescisão, todos os regulamentos que impõem encargos indevidos à produção e utilização de energia.

Ipek Ozkardeskaya, analista sênior do Swissquote Bank, aponta que a recuperação de 20% dos preços do petróleo bruto desde 10 de dezembro vê uma forte resistência acima do nível de US$ 80 por barril e o acordo de cessar-fogo de seis semanas em Gaza ajuda a aliviar o preço nesta segunda-feira. “Mas os riscos geopolíticos prevalecem, com Trump tentando atacar os gigantes petrolíferos russos, o Irã e a Venezuela”, pondera. A Associação Internacional de Energia (AIE) não espera um excedente de produção menor este ano e este último deverá apoiar os preços do petróleo, conclui.

No domingo, o cessar-fogo na Faixa de Gaza entrou em vigor, após um atraso de quase três horas, causado pela demora do Hamas em divulgar os nomes dos três reféns que planejava liberar. Israel havia declarado anteriormente que continuaria a luta até que os nomes fossem entregues, conforme o acordo.

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