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Petroleiros ocupam Fafen pelo terceiro dia contra fechamento da fábrica / Foto: Reprodução
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quinta-feira 23 de janeiro de 2020 às 12:01h

Petroleiros ocupam Fafen pelo terceiro dia contra fechamento da fábrica

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Fechamento da fábrica de fertilizantes, a última nacional do setor, provocaria o desemprego de mil trabalhadores, segundo a FUP

Segundo a revista Fórum, os sindicatos associados à Federação Única dos Petroleiros (FUP) entraram nesta quinta-feira (23) no terceiro dia de ocupação da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR), localizada no município de Araucária (PR), em protesto contra o seu fechamento. A decisão foi anunciada nesta semana pela gestão da Petrobras.

De acordo com a FUP, o encerramento das atividades da Fafen-PR provocaria o desemprego de 1 mil trabalhadores, mas o cálculo prevê que outros 2 mil seriam afetados indiretamente. A federação também acusa a diretoria da Petrobras de provocar demissões “arbitrárias” e sem qualquer negociação prévia com o sindicato.

Em comunicado, a Petrobras argumentou que a decisão de fechar a fábrica é uma estratégia de retirar segmentos “exteriores” ao núcleo de atuação da estatal, sobretudo a exploração de petróleo e gás natural no pré-sal. Além disso, alega que a Fafen-PR tem dado prejuízo.

Os petroleiros, no entanto, contestam essa versão. De acordo com eles, a direção mente ao afirmar que o resíduo asfáltico (RASF), principal matéria-prima da Fafen-PR, tem um custo alto. “O preço do produto acompanha o valor do mercado”, diz comunicado da categoria.

“A Petrobras está cobrando o preço do RASF baseado no preço do barrio no golfo do México. Mas temos que encarar que o preço nacional é bem inferior, extraído pela própria Petrobras. É uma estratégia contábil da estatal para inviabilizar o funcionamento da fábrica”, relata Castellano, da FUP.

“A hibernação da Fafen-PR é uma decisão política. O objetivo dos gestores é encerrar as atividades da fábrica para zerar o passivo trabalhista e vender a unidade no futuro, contratando os trabalhadores em condições precárias e por salários muito abaixo do que é hoje praticado na empresa”, diz outro trecho.

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