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sexta-feira 16 de dezembro de 2022 às 16:51h

Petroleiros fazem ato contra paralisação dos campos terrestres da Petrobras na Bahia

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A interrupção da operação em campos terrestres da Petrobras na Bahia é inaceitável e causará enormes prejuízos ao estado, diz a Aepet-BA.. É contra isso que o Fórum Baiano em Defesa da Petrobrás está se posicionando e, nesse sentido, programou um ato público, na próxima segunda-feira (19), às 10h, em frente ao escritório regional da Agência Nacional de Petróleo (ANP), na Avenida Tancredo Neves, 450, em Salvador.

Além dos petroleiros, a iniciativa está mobilizando representantes dos movimentos sociais, parlamentares e prefeitos dos municípios afetados pela determinação da ANP de interromper a operação em campos terrestres da Petrobras

A medida foi anunciada pela ANP, no dia 12/12, após vistoriar 28 campos de produção de petróleo que compõem o “Polo Bahia Terra”. A Agência notificou a empresa e deu prazo exíguo de 72 horas para suspender as atividades dessas áreas.

O Fórum alerta para o descabimento que é paralisar a produção de petróleo nos campos, não apenas pelos graves prejuízos econômicos para vários municípios baianos, mas porque a Petrobras tem plena capacidade de corrigir qualquer irregularidade no sistema de produção que possam ter sido encontradas na inspeção, sem necessidade de interromper a produção.

O movimento desses campos é de cerca de 20 mil barris de petróleo por dia com faturamento de R$ 4 bilhões por ano. Com a interrupção das atividades, serão atingidos diretamente sete municípios (Esplanada, Cardeal da Silva, Entre Rios, Alagoinhas, Catu, São Sebastião do Passé e Araças), que vão perder de imediato a receita com royalties e ISS, pagos pela Petrobras.

Existe ainda o agravante de que, caso a interrupção se prolongue, possa causar a demissão de cerca de 4.500 trabalhadores de empresas que prestam serviços à Petrobras nessas áreas.

Pesa sobre a medida da ANP, ainda, a suspeita de que a intenção seja fragilizar a Petrobras, pois foram fiscalizados apenas campos ligados à empresa. Estações de empresas privadas, incluindo as que adquiriram ativos da Companhia não passaram por nenhuma inspeção.

O Fórum encaminhou documento à Petrobrás propondo acionar juridicamente a ANP para derrubar a notificação, argumentando que é sensata a concessão de mais prazo para corrigir possíveis irregularidades sem necessidade de paralisar as atividades do Polo Bahia Terra.

Integram o Fórum Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet-BA), Associação Brasileira dos Anistiados Políticos da Petrobras (Abraspet) e Associação dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas da Bahia (Astape-BA).

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