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quarta-feira 18 de maio de 2022 às 14:31h

Petrobras deve investir em usina eólica offshore, em parceria com a Equinor

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O presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, disse nesta quarta-feira (18) no Estadão, que, além da produção de biocombustíveis avançados, uma das alternativas da Petrobras para uma economia descarbonizada no futuro envolve estudos, em parceria com a Equinor, para a instalação do parque eólico de Aracatu na bacia de Campos, com capacidade instalada de 4 gigawatts (GW).

“O Brasil tem um grande potencial para eólica offshore e que traz sinergia com a experiência, a liderança e a competência da Petrobras no ambiente marítimo, principalmente em águas profundas e ultraprofundas”, disse o executivo na abertura do congresso “Mercado Global de Carbono – Descarbonização & Investimentos Verdes” que acontece até sexta-feira no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, zona Sul da cidade. O evento é organizado por Banco do Brasil e Petrobras, com o apoio institucional do Banco Central, Ministério do Meio Ambiente (MMA) e Governo Federal.

Além de Coelho, participam do Congresso, pela Petrobras, os diretores Rafael Chaves (Sustentabilidade), Rodrigo Costa Lima (Refino e Gás Natural), Juliano Dantas (Transformação Digital e Inovação), Claudio Mastella (Comercialização e Logística) e João Henrique Rittershaussen (Desenvolvimento da Produção).

Segundo o presidente da Petrobras, o petróleo produzido pela estatal no pré-sal é um dos que menos emitem gases de efeito estufa (GEE) no mundo, e além disso, a empresa vem desenvolvendo uma nova geração de combustíveis mais modernos e sustentáveis como o diesel verde e o bioquerosene de aviação.

Outras frentes abertas pela companhia se referem à captura de carbono, informou o executivo. “Nosso programa de captura, uso e armazenamento de gás carbônico nos campos do pré-sal foi reconhecido como o maior do mundo”, disse durante a abertura do evento.

Coelho informou ainda, que as refinarias da empresa reduziram as emissões de CO2 em 8% desde 2015, e que até 2030 essa redução será de 30%. “A mudança climática, ouso dizer, é o maior desafio da nossa geração, é um desafio global de grande escala”, avaliou Coelho.

O executivo não mencionou a questão do preço dos combustíveis, motivo de atrito entre o comando da Petrobras e o Palácio do Planalto. O reajuste de 8,9% nos preços do diesel da Petrobras, oito dias atrás, reavivou a polêmica: bastidores dão conta de nova fritura contra o presidente da estatal, no cargo há pouco mais de um mês, como informou o Broadcast/Estadão.

Além das reclamações públicas de Bolsonaro, que segundo fontes, articula a troca de diretores da empresa, Coelho perdeu seu principal interlocutor no governo, o ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, substituído na semana passada por Adolfo Sachsida, fiel escudeiro do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Apesar do recente reajuste, o preço médio praticado pela Petrobras para o diesel segue 4% abaixo dos preços internacionais, informa a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). Já a gasolina, cujos preços da Petrobras não mudam há 67 dias, tem defasagem de 18% ante a média internacional.

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