A Petrobras anunciou ontem a venda do Polo Potiguar, que reúne todas as suas operações no Rio Grande do Norte. A governadora Fátima Bezerra (PT) afirmou em seu Twitter que não foi notificada e pretende dialogar com os trabalhadores locais e o governo federal para reverter a decisão da empresa.
“A saída da Petrobras do Rio Grande do Norte não é um fato qualquer de maneira nenhuma, dado o que ela representa para o nosso estado”, escreveu Fátima em sua rede social.
“Repito, o governo federal não tem o direito de deixar a Petrobras sair do Rio Grande do Norte dessa forma. Isso é inaceitável. Nós lutaremos e resistiremos!”, disse a governadora.
Recebi com perplexidade e indignação a notícia de que a @petrobras está sendo literalmente desmontada no Rio Grande do Norte com o anúncio agora à noite de que a empresa vai abandonar o estado, uma vez que colocará à venda todos os seus ativos.
— Fátima Bezerra (@fatimabezerra) August 25, 2020
“Convocarei uma reunião de urgência com a nossa bancada federal e solicitarei uma audiência junto à diretoria da Petrobras”, declarou.
É esse o presente que o RN está recebendo passados apenas três dias da visita do presidente à nossa terra? Quanta falta de respeito, quanto descaso!
+
— Fátima Bezerra (@fatimabezerra) August 25, 2020
Em um fato relevante anunciado aos seus investidores, a Petrobras afirmou que pretende vender a totalidade de suas participações em um conjunto de 26 concessões de campos de produção terrestres e de águas rasas no Rio Grande do Norte, que formam o Polo Potiguar.
O ativo compreende os subpolos Canto do Amaro, Alto do Rodrigues e Ubarana, com 23 concessões terrestres e três marítimas, e também inclui acesso a infraestrutura de processamento, refino, logística armazenamento, transporte e escoamento de petróleo e gás natural, informou a petroleira.
De acordo com a Petrobras, o Polo Potiguar registrou produção média de aproximadamente 23 mil barris por dia (bpd) de petróleo e 124 mil metros cúbicos diários de gás natural no primeiro semestre deste ano.