A demora no PT para a definição de um coordenador político para estruturar a campanha de Lula tem irritados petistas, diz Lauro Jardim, no O Globo. Internamente, aliados do ex-presidente têm criticado a ausência de um nome forte à frente da campanha para trabalhar palanques regionais, candidaturas de peso ao Senado, além, claro, de impulsionar candidatos para obter uma boa bancada federal na Câmara.
Um aliado petista sintetiza:
— Na política, faltam coordenadores para arrumar palanques, para selar aliados, para fazer o cálculo e traçar estratégias para as bancadas da Câmara e do Senado.
Uma ala do PT tem criticado Lula por “centralizar” demais as decisões e cobram que seja escalado um nome de peso para o comando estrutural da campanha. Já há um time escalado com Randolfe Rodrigues, Wellington Dias, Jaques Wagner, Paulo Teixeira e José Guimarães. No entanto, nenhum deles tem tido autonomia para fazer as negociações partidárias.
Outro impasse levantado por petista está na falta de definição também de um coordenador financeiro para definir a estratégia de distribuição de recursos durante a campanha. Os recursos do partido hoje estão sob o comando de Gleisi Hoffmann, presidente do PT. Porém, na avaliação de petistas, é necessário que se defina uma pessoa para pensar estrategicamente quanto investir nos candidatos e em qual região do país.