Quando as pesquisas às vésperas de uma eleição mostram cenários indefinidos, como o Ipec e o Datafolha divulgados neste último sábado (1º), a tendência é que haja menos abstenções.
Ou seja: quando os números são muito apertados para se saber qual candidato ganhará ou, como no caso da eleição presidencial de 2022, se haverá ou não o segundo turno, menos pessoas faltam no dia de votar.
O fenômeno ocorre segundo Guilherme Amado, porque o eleitor sente que seu voto será mais decisivo para ganhar o candidato A ou B ou, neste caso, para levar o pleito para o segundo turno ou resolver no primeiro.
Da mesma maneira, isso pode ser um fator a influenciar eleitores de Ciro Gomes, Simone Tebet ou de outros candidatos que queiram a derrota de Bolsonaro a desistir da primeira opção de voto e já migrar para Lula neste domingo. Sabem que cada voto pode fazer a diferença.
Da mesma maneira, ensinam cientistas políticos estudiosos da indefinição, cenários muito definidos, quando está certo que haverá segundo turno ou quando está claro que o candidato A vencerá sem dificuldade, o eleitor se sente menos motivado a ir votar. E, assim, a taxa de abstenção cresce.