Desde que anunciou a sua pretensão de disputar a Presidência da República em 2026, o cantor sertanejo Gusttavo Lima atraiu a atenção do mundo político, que disputa a sua filiação. Entre os partidos interessados estão o União Brasil – este com mais chance -, o PP e o PL, os dois últimos na tentativa de convencê-lo a disputar o Senado e não o Palácio do Planalto.
Mas o que pensa o eleitor sobre a pretensão política do cantor, que é um fenômeno nas plataformas de streaming de áudio e lota shows pelo país cobrando sempre cachês milionários, mesmo de prefeituras com caixas pequenos?
Levantamento feito pelo instituto Paraná Pesquisas entre os dias 7 e 10 de janeiro responde a essa pergunta com duas más notícias para o músico.
A primeira é que a maioria (50,6% do eleitorado) não votaria nele de jeito nenhum para presidente. Outros 31,5% admitiram que poderiam votar e apenas 9,4% disseram que “com certeza” o escolheriam para o cargo mais alto do país.
Outros 6,1% afirmaram que não conhecem o cantor suficientemente para votar nele e 2,4% declararam que não sabem ou não responderam.
A segunda má notícia é que o eleitor não aprova a sua decisão de entrar para a política. Dois em cada três entrevistados (65,7%) disseram que ele não deveria efetivar os seus planos de ser político, enquanto 27,8% dizem o contrário — outros 6,5% não souberam ou não responderam.
Citado em pesquisa
A mesma rodada de sondagens feita pelo Paraná Pesquisas trouxe, no entanto, uma novidade que mostra o impacto da pretensão anunciada pelo cantor: pela primeira vez, ele foi citado de forma espontânea pelos eleitores (quando a pesquisa é feita sem apresentar os nomes dos candidatos): 0,4% dos entrevistados citaram o seu nome.
O número pode parecer pequeno, mas é o mesmo alcançado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nesse levantamento.
A pesquisa ouviu 2.018 eleitores em 164 municípios de todos os estados e do Distrito Federal. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.