O Instituto AtlasIntel realizou segundo Eduardo Dias, do A Tarde, uma pesquisa na última semana para identificar o nível de apoio popular à proposta de regulação das redes sociais. O levantamento foi revelado às vésperas da divulgação do relatório do PL 2.630, o chamado Projeto de Lei das Fake News.
A proposta foi lançada em 2020 após anos de extenso uso de notícias falsas em contexto político no Brasil e no mundo. Se aprovada, a lei criará regras para o controle de conteúdo nas plataformas digitais, discutirá a transparência das redes e desenvolverá mecanismos de investigação para troca de mensagens criptografadas.
Com 1.600 entrevistados, entre os dias 15 e 17 de abril, a pesquisa questionou se “Você acha que deveria haver uma lei que estabeleça regras claras para como as redes sociais devem funcionar no país?”. 77,9% responderam que sim e 13,8% disseram não à regulação; outros 8,3% não têm opinião formada sobre o assunto.
Em relação aos ataques recentes em escolas, a pesquisa perguntou aos entrevistados se eles “acreditam que as redes sociais, como são hoje, sem leis específicas que as regulem, contribuíram para as ações.
55,3% disseram que contribuíram; 19,1% que provavelmente contribuíram; 18,7% acham que não contribuíram; outros 6,9% não sabem.
A maioria dos entrevistados (71,2%) disseram que os donos das grandes empresas de redes sociais como Instagram,
Facebook, TikTok ou Twitter não se importam com seu bem estar; 15,8% acham que eles se preocupam pouco e 4,6% que se preocupam muito; 8,4% não souberam responder.