terça-feira 5 de novembro de 2024
Da esq. para a dir.: Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), Pablo Marçal (PRTB) e Tabata Amaral (PSB) — Foto: Danilo Verpa/Folhapress
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segunda-feira 30 de setembro de 2024 às 19:19h

Pesquisa Quaest: disputa em SP segue indefinida, com Nunes (24%), Boulos (23%) e Marçal (21%) embolados

ELEIÇÕES 2024, NOTÍCIAS


A primeira pesquisa da semana decisiva para a corrida eleitoral em São Paulo mostra indefinição na disputa entre os líderes Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), e Pablo Marçal (PRTB). Novos dados da Quaest mostram o prefeito com 24% das intenções de voto, contra 23% do deputado federal e 21% do ex-coach. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos.

No levantamento anterior, divulgado seis dias atrás, Nunes tinha 25% das menções, dois pontos a mais que Boulos, enquanto Marçal aparecia àquele momento com 20%. Os dados da nova sondagem foram captados entre sexta-feira e domingo, o que permitiu a parte dos entrevistados responder já tendo assistido ao debate realizado na noite de sábado pela TV Record. As reações ao debate de hoje, assim, só serão conhecidas na pesquisa a ser divulgada pelo Datafolha, na quinta-feira.

Ainda buscando se aproximar dos líderes, a deputada federal Tabata Amaral (PSB) teve nova variação positiva e passou de 8% para 11%. José Luiz Datena se manteve com 6% e está tecnicamente empatado com Marina Helena (Novo), que tem 2%. Brancos e nulos somam 8% das respostas, e outros 6% se dizem indecisos.

Esta é a terceira pesquisa seguida a mostrar Nunes, Boulos e Marçal, nesta ordem, sem nenhum dos três apresentar variações relevantes. A estabilidade, em teoria, favorece Nunes, que conseguiu frear o avanço inicial de Marçal sobre o eleitorado de direita, enquanto para Boulos sinaliza que o psolista não foi capaz de avançar junto aos apoiadores de seu principal apoiador, o presidente Lula (PT) — que estará ao lado do deputado apenas no sábado, véspera da votação.

As três campanhas podem extrair indicações positivas e negativas do levantamento. Marçal está numericamente atrás, mas tem eleitores com alto grau de certeza em suas escolhas — a prova disso é a resiliência do ex-coach apesar de episódios de violência que o envolveram, como a cadeirada de Datena e o soco desferido por um de seus assessores no marqueteiro de Nunes.

O prefeito, embora à frente, não conseguiu assegurar uma condição mais confortável apesar de seu latifúndio no horário eleitoral, com 65% do tempo destinado aos candidatos, e de ter resultados de uma gestão com caixa recorde para apresentar.

Já Boulos, ainda que estacionado desde o início da campanha, corre na raia mais à esquerda sem uma concorrência à altura daquela que Nunes e Marçal encontram um no outro no campo da direita.

Apostando em uma “virada”, Tabata faz apelos para o eleitorado indeciso e tenta desidratar as candidaturas de Boulos e, especialmente, Nunes para ir ao segundo turno. A campanha do PSB entende que há uma parcela importante de eleitores que optam pelo voto no prefeito apenas por rejeitar Boulos e Marçal, e que esse núcleo pode apoiar Tabata ao conhecê-la nesta reta final.

A Quaest entrevistou presencialmente 1.800 eleitores de 16 anos ou mais entre 27 e 29 de setembro. A pesquisa foi contratada pela TV Globo e está registrada na Justiça Eleitoral sob o número SP-01233/2024.

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