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quinta-feira 5 de dezembro de 2024 às 08:39h

Pesquisa lista profissionais especializados mais procurados pelo agro e salário médio

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Além das fazendas produtoras de grãos e pecuária, o mercado de trabalho do agronegócio engloba profissionais especializados em insumos agrícolas, processamento industrial, logística, negociação de commodities e em serviços financeiros especializados. “Há uma busca crescente por especialistas em áreas como inteligência de dados, inteligência artificial e sustentabilidade, além de profissionais técnicos e ligados à transição climática”, explica Leonardo Berto, gerente da Robert Half. Os dados são coletados através de pesquisas de campo de recrutadores da companhia.

Veja os profissionais mais procurados pelo setor e o salário médio

Profissionais mais procurados (permanentes)

Gerente de Crédito
Gerente de Barter
Gerente de Vendas
RTV (Representante Técnico de Vendas)
Gerente de Operações
Gerente de Qualidade

Profissionais mais procurados (projetos)

Analista de Exportação
Analista de Importação
Analista de Faturamento
Analista Fiscal
Analista de Suprimentos
Assistente Administrativo

O Guia Salarial da Robert Half apresenta três faixas salariais por cargo, determinadas pelo nível de qualificação e experiência do candidato, bem como pela complexidade de seu cargo ou indústria e setor de atuação. O percentil 25º representa um(a) candidato(a) que ainda é novo(a) no trabalho ou que ainda está desenvolvendo habilidades relevantes, já o 75º representa aquele(a) candidato(a) que tem mais experiência do que a típica e conta com todas as habilidades relevantes para o trabalho, além de especializações e certificações

Habilidades mais procuradas

O setor vai procurar profissionais com habilidades diversas para enfrentar os novos desafios do agronegócio brasileiro.

As habilidades técnicas (hard skills) mais procuradas são: inglês, conhecimento técnico/específico, conhecimento em tecnologia, gestão de produção e gestão de cadeia de suprimentos. Já as chamadas habilidades comportamentais (soft skills) que as empresas do agro mais buscam são: adaptabilidade, negociação, dinamismo, viés de negócio e visão de futuro.

Confira os principais desafios do setor para 2025:

Profissionalização e modelos de negócios

O segmento é marcado por dois perfis distintos de empresas: multinacionais altamente profissionalizadas e negócios familiares que ainda enfrentam desafios em governança e modernização. Essa heterogeneidade reflete-se na gestão de talentos, com grande necessidade de melhoria de processos, e no recrutamento de profissionais qualificados para atuar com ferramentas modernas de gestão.

“Além da competição com outros setores para recrutar especialistas em áreas como relacionadas à tecnologia, o agronegócio enfrenta o desafio de reter talentos em ambientes que nem sempre são atrativos para esses profissionais”, acrescenta Berto.

Diversidade e Inclusão

Companhias com gestão internacional têm adotado políticas globais de diversidade e inclusão, mas a representatividade no setor ainda é limitada. Em áreas técnicas e no interior do Brasil, apenas 19% dos cargos de direção são ocupados por mulheres, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Polos com alta demanda

Embora profissionais do agronegócio esperem trabalhar em regiões rurais, a distribuição de vagas qualificadas é desigual. Nas áreas agrícolas mais ricas e nas fronteiras emergentes, a competição por talentos é acirrada. Há forte demanda em toda a cadeia produtiva, desde agrônomos e veterinários até especialistas em logística, big data, jurídico e contábil.

Sazonalidade

A natureza sazonal do agronegócio cria demandas específicas em períodos como as safras e safrinhas. Nesses momentos, são frequentes as contratações temporárias de analistas de faturamento e especialistas em comércio exterior, armazenagem e documentação.

“Com o avanço da digitalização, o perfil das contratações mudou. Multinacionais que antes empregavam mão de obra para colheitas agora têm processos automatizados e buscam profissionais de tecnologia, jurídico ou tributário, para lidar com operações que envolvem múltiplos estados e mercados externos”, observa o gerente da Robert Half.

A evolução da tecnologia também gera altas pontuais, como a busca por pilotos de drone, que foi disruptiva e localizada. E também tendências mais sólidas, como a procura por profissionais com conhecimento em softwares de gestão.

Demanda por perfis especializados

A complexidade do setor exige perfis altamente especializados, pouco transferíveis de outras indústrias. Por isso, é comum que as empresas busquem mão de obra na concorrência. Profissionais qualificados em posições-chave costumam ser objeto de “leilão”, muitas vezes alcançando remunerações superiores às de outras indústrias.

Mudanças climáticas

Eventos como a COP 30, que será realizada em Belém no próximo ano, aceleram transformações no setor. As mudanças climáticas impulsionam a demanda por profissionais de ESG, agricultura regenerativa e economia florestal, além de especialistas em defensivos biológicos, gestão de carbono e tecnologias emergentes. Agritechs também têm ampliado oportunidades em pesquisa e desenvolvimento.

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