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terça-feira 30 de agosto de 2022 às 05:32h

Pesquisa Ipec: Diferença entre Lula e Bolosnaro cai para apenas 8 pontos; confira

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De acordo com a mais nova rodada da pesquisa para presidente, Ciro Gomes possui 7% das intenções de voto; Simone Tebet está em quarto lugar com 3%

Com 44% das intenções de voto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera a disputa pelo Palácio do Planalto, de acordo pesquisa Ipec (ex-Ibope) divulgada nesta segunda-feira, 29. Ele é seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), com 32%. Ainda segundo o Ipec, Ciro Gomes (PDT) tem 7% e Simone Tebet (MDB) aparece com 3%, empatada com o pedetista no limite da margem de erro (dois pontos porcentuais). Felipe d’Avila (Novo) tem 1%. Brancos e nulos somam 7% e 6% não sabem ou não responderam.

Essa é a primeira pesquisa do Ipec após o início da propaganda eleitoral no rádio e na televisão e as sabatinas do Jornal Nacional, da TV Globo. O quadro ficou estável, o que indica que o palanque eletrônico ainda não foi capaz de alterar o quadro de polarização entre Lula e Bolsonaro. No último levantamento do Ipec, divulgado no dia 15 de agosto, Lula aparecia com 44% das intenções de votos e Bolsonaro com 32%. Ciro Gomes (PDT) tinha 6% e Simone Tebet (MDB), 2%.

Na simulação de segundo turno, o candidato do PT tem 50% das intenções de voto, ante 37% do atual presidente. Na pesquisa anterior, Lula aparecia com 51% e Bolsonaro, 35%

Essa é a primeira pesquisa voltada para a eleição presidencial realizada pelo Ipec após o início da propaganda eleitoral no rádio e na televisão e as sabatinas do Jornal Nacional, da TV Globo.
Essa é a primeira pesquisa voltada para a eleição presidencial realizada pelo Ipec após o início da propaganda eleitoral no rádio e na televisão e as sabatinas do Jornal Nacional, da TV Globo. Foto: Reprodução/Band TV

Segundo a pesquisa, a rejeição de Bolsonaro oscilou 1 ponto porcentual para cima dentro da margem de erro em relação à pesquisa do dia 15 de agosto. Já a de Lula aumentou três pontos porcentuais. Candidato à reeleição, o presidente aparece agora com 47% de rejeição, enquanto o petista tem 36%.

Entre os eleitores das capitais, Lula foi escolhido por 38% dos eleitores, ante 36% que preferem Bolsonaro. No último levantamento, o petista tinha 44% das intenções de voto e o presidente, 31%. No interior, o ex-presidente mantém a liderança, com 45%. Bolsonaro tem 32%.

Lula aparece sete pontos porcentuais à frente de seu principal adversário entre as famílias com renda de mais de dois salários mínimos até cinco salários mínimos, apontou a sondagem Ipec. Lula, que tinha 32% dos votos do segmento na mesma pesquisa anterior, agora tem 39%. Entre o mesmo público, Bolsonaro oscilou quatro pontos porcentuais para baixo (41% para 37%). O ex-presidente está em maior desvantagem entre as famílias com renda superior a cinco salários mínimos: 47% das intenções de voto para Bolsonaro, ante 28% para Lula.

Contratada pela TV Globo, a pesquisa foi realizada entre os dias 26 e 28 de agosto e entrevistou 2.000 eleitores presencialmente. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-01979/2022. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos.

A pesquisa Ipec foi realizada ao final da segunda semana de campanha, marcada pelo primeiro debate presidencial, que ocorreu neste domingo, na TV Band, e pela sabatina dos quatro candidatos melhor colocados nas pesquisas na TV Globo. O levantamento também aconteceu depois das primeiras aparições dos candidatos no horário eleitoral gratuito.

Em campanha pelo Brasil, as políticas para as mulheres e o apelo ao eleitorado evangélico deu o tom dos discursos dos candidatos, que também procuraram dialogar sobre economia e apresentar propostas sobre distribuição de renda.

Após o mais recente levantamento do Ipec, o Agregador de Pesquisas do Estadão foi atualizado com os dados divulgados até esta segunda-feira, 29. Segundo a Média Estadão Dados, calculada pelo agregador, Lula tem 45% das intenções de voto e Bolsonaro, 33%. Se forem considerados apenas os votos válidos (sem contar nulos, brancos e indecisos), o candidato petista lidera por 51% a 38%.

O agregador é uma ferramenta interativa cujos gráficos mostram o cenário mais provável da corrida presidencial nos últimos seis meses. Nele, além de consultar a Média Estadão Dados, é possível ver de forma separada as estimativas das pesquisas presenciais e telefônicas.

Debate

O primeiro debate entre os candidatos à Presidência foi marcado por tensão dentro e fora do estúdio. A radicalização no cenário político recente fez com que o evento não tivesse a presença de plateia. Mesmo assim, a hostilidade marcou a noite, com ataques do presidente Bolsonaro à jornalista Vera Magalhães e briga entre bolsonaristas e petistas na sala onde estavam os convidados das campanhas.

O clima do debate também deu o tom nas redes sociais, onde apoiadores do presidente usaram rebateram as críticas que o chefe do Executivo recebeu. O movimento apareceu nos trending topics do Twitter com a hashtag #MulheresComBolsonaro, em oposição a uma ofensiva de aliados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que deram eco ao posicionamento de que o presidente é agressivo contra o público feminino.

Para colunistas e jornalistas do Estadão que acompanharam a transmissão e analisaram a atuação dos concorrentes, Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil) ganharam destaque no debate, que pode aumentar a exposição das candidatas em relação ao eleitorado que não as conhece.

Já os dois candidatos mais bem colocados nas pesquisas tiveram postura diferente no debate da vista durante a sabatina da Rede Globo, na semana passada.

Entrevistado no Jornal Nacional, o petista foi mais incisivo em críticas ao governo Bolsonaro, principalmente no tema da corrupção. Já no debate, aliados do ex-presidente se frustraram com o desempenho do candidato, que buscou tom mais pacificador. A presença de Lula e Bolsonaro rendeu à rede Globo recordes em audiência e registrou manifestações em diversas capitais do País.

Em campanha pelo Brasil, as políticas para as mulheres e o apelo ao eleitorado evangélico deu o tom dos discursos dos candidatos, que também procuraram dialogar sobre economia e apresentar propostas sobre distribuição de renda.

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